Desde ontem (25) a Estrada de Ferro Carajás (EFC) está interditada por integrantes da Frente Nacioanl de Luta (FNL) no Km 854, em Parauapebas. Segundo a FNL, a obstrução se dá em virtude da Vale nãp ter cumprido acordos negociados com o movimento, o que é negado pela Vale.
Nessas mais de 30 horas de interdição da Estrada de Ferro Carajás o município de Parauapebas deixou de arrecadar quase R$ 1 milhão em Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM -, recurso que poderia ser usado na construção e equipagem de um posto de saúde ou na construção de uma escola com 12 salas de aula. A paralisação da ferrovia também compromete o transporte de combustível, que abastece grande parte das regiões Sul e Sudeste do Pará, o Sul do Maranhão e o estado do Tocantins. A interrupção também impacta o escoamento de grãos e causa transtornos para mais de 1.300 pessoas, por dia, que deixam de viajar no trem de passageiros. O trem é o principal, e às vezes, o único meio de transporte para muitas cidades do interior do Maranhão e do Pará.
Em nota, a Vale repudia o que chama de “ação criminosa e ilegal da Frente Nacional de Luta (FNL) e ressalta que não existe nenhuma negociação em curso entre a Vale e o movimento”. Os integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL) não cumpriram a ordem judicial para desobstruir a EFC, que permanece interditada desde a madrugada de ontem, quarta-feira, 24/1, no KM 854 da ferrovia, no município de Parauapebas (PA). Devido à interdição, o trem de passageiros continua parado.
É preciso que a justiça trate o movimento com os rigores da lei, pois não é mais possível que por qualquer motivo a EFC seja interditada por pessoas descompromissadas com a sociedade e com o bem-estar mútuo, e que só se preocupam com suas causas à revelia das necessidades alheias. Entendo a função da FNL em lutar pela reforma agrária, mas a população não tem culpa do governo não praticar a reforma agrária e tampouco a Vale tem essa função.
1 comentário em “Prejuízo para Parauapebas já é de R$ 1 milhão com interrupção da EFC”
Muito interessante, se em um dia a Prefeitura de Parauapebas deixa de receber CFEM suficiente para fazer tantas coisas, então porque não faz estas coisas com o dinheiro recolhido nos outros 364 dias???…..