Por Eleutério Gomes – de Marabá
O presidente da OAB/PA (Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará), Alberto Campos, está se deslocando neste momento para São Félix do Xingu. Ele vai participar, amanhã, terça-feira (26), pela manhã, da audiência de custódia do indivíduo Kenny Müller Barbosa Neves, que na manhã de hoje confessou com detalhes o assassinato da advogada Dilamar Martins da Silva, na última quarta-feira (20).
O corpo da advogada, que morava sozinha em uma fazenda de sua propriedade distante 60 km da sede do município foi encontrado carbonizado dentro de um pneu, na manhã de ontem, domingo (24). Após investigações, policiais civis da Superintendência Regional do Alto Xingu prenderam Kenny na manhã desta segunda-feira, quando ele se preparava para fugir pelo rio.
Em seu depoimento, ele contou que havia sido contratado pela advogada havia 45 dias, pelo valor de R$ 50,00 a diária, mas que Dilamar estava se recusando a fazer o pagamento e que ele estava percebendo que ela colocava veneno na comida dele. Disse que, por esse motivo, resolveu matá-la, primeiramente com um golpe de facão, mas, ela conseguiu correr, porém caiu mais adiante. Foi quando Kenny, segundo as próprias palavras, resolve dar o golpe de misericórdia armado com uma enxada. Depois, ainda segundo ele, arrastou o corpo 100 metros dentro da mata e o queimou usando um pneu como combustível.
Os policiais que interrogaram o rapaz disseram que ele apresentava sinais visíveis de transtorno mental quando do interrogatório.
Que se faça justiça
Ainda no Aeroporto de Parauapebas, onde foi recebido pelos presidentes das Subseções da Ordem em Tucumã e Parauapebas, Drs. Weder Coutinho Ferreira e Deivid Benasor da Silva Barbosa, respectivamente, Alberto Campos disse ao Blog que está indo a São Félix acompanhar a audiência de custódia que deve acontecer amanhã, pela manhã, para tentar manter o acusado na prisão.
“Depois, vamos nos se inteirar mais do caso. Pois, embora a versão que ele apresentou não tenha relação com a advocacia, a OAB tem de estar vigilante para que seus associados tenham a devida cobertura da Ordem. Temos de providenciar para que a justiça seja feita, observando o devido processo legal, para que nós possamos prestar contas aos familiares”, encerrou.