Presidente Dilma cumpre agenda de 2,5 horas em Marabá e anuncia edital do Lourenço

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Durou duas horas e meia a passagem da presidente Dilma Rousseff por Marabá, nesta quarta-feira, 20, onde ela foi cumprir duas agendas: anunciar o edital para o derrocamento de 43 Km do Canal do Lourenço, no Rio Tocantins, e ainda a entrega de 110 máquinas para 89 prefeituras do Pará.

Dilma

A cerimônia foi realizada no Aeroporto “João Corrêa Rocha” e a presidente não chegou percorrer nenhuma rua da cidade. Durante o breve tempo que passou em Marabá, ela ouviu discursos do prefeito de Marabá, de dois ministros e do governador Simão Jatene, que foi vaiado por várias vezes por parte da plateia presente, formada em sua maioria por militantes dos movimentos socias. Aliás, o acesso da população ao evento foi controlado por um forte esquema de segurança da Presidência, Polícia Federal, Aeronáutica, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Exército Brasileiro, além de Guarda Municipal e Departamento Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (DMTU).

Assim que o espaço reservado para a população e autoridades lotou, as pessoas que ainda estavam fora tiveram o acesso negado, o que gerou pequena confusão e deixou muita gente descontente. Além disso, várias entidades se colocaram no canteiro da Rodovia Transamazônica (BR-230) com faixas e cartazes em protestos pelas mais variadas frentes. Dentre os manifestantes havia policiais federais, estudantes, campesinos e até servidores municipais.

Dilma pousou no aeroporto por volta das 13 horas e partiu assim que a cerimônia foi encerrada, às 15h40, em direção à Imperatriz, no Maranhão, onde cumpriu agenda ainda hoje.

A presidente assinou a ordem para a publicação do edital de licitação do derrocamento do Pedral do Lourenço, em Itupiranga, obra que vai possibilitar o funcionamento da Hidrovia Araguaia-Tocantins, um sonho antigo da região, classificando o ato como “histórico para o Brasil e o Pará”.

Dilma disse também que “esse século é o da interiorização do Brasil, do Centro-Oeste e do Norte”, ao defender que a produção concentrada na região seja escoada por meios próprios. ”O governo federal tem perfeita clareza da importância das hidrovias”, disse Dilma, destacando que o custo de transporte de cargas por hidrovias chega a ser 50% mais barato do que por meio de rodovias.

Em seu discurso de 35 minutos, a presidente Dilma falou de alguns temas atuais e que têm agradado a população, como o Programa Mais Médicos, que segundo ela já trouxe para o Pará mais de 130 profissionais cubanos, alguns dos quais participaram da cerimônia e aplaudiram a presidente brasileira.

Sobre as vais ao governador, a presidnete Dilma afirmou que o país, “com muito esforço”, conquistou a democracia, o que, de acordo com ela, necessariamente, implica reconhecer a diversidade do país, inclusive em posições políticas e visões culturais distintas. Em sua avaliação, “brigar” na democracia tem que ser pelo próprio regime democrático e “contra a desigualdade.”

Dilma elogiou o discurso do prefeito de Marabá, João Salame, que pediu desculpas para a presidente por ser “pidão”. Ele apresentou várias demandas locais e regionais, como mais investimentos na área de educação, com construção de creches.

Eleição
A presidente Dilma Rousseff seria reeleita no primeiro turno das eleições deste ano, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, 20, pelo site do jornal O Estado de S. Paulo. Candidata à reeleição, Dilma registrou 43% das intenções de voto na amostragem, o mesmo percentual da pesquisa anterior, divulgada em novembro.

Em segundo lugar, na pesquisa divulgada hoje, figura o senador e pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, com 15% das intenções de voto. O tucano oscilou um ponto percentual para cima, dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais. O governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, manteve os mesmos 7% das intenções de voto registrados em novembro de 2013.

1 comentário em “Presidente Dilma cumpre agenda de 2,5 horas em Marabá e anuncia edital do Lourenço

  1. Sena Responder

    A estratégia é conhecidíssima. Coloca-se só os “puxa-sacos” na plateia para fazer os aplausos e vaias de acordo com o comando orquestrado… O que não pra entender é que o Governador diz ter aliados fortes e considerados em Marabá, e os ditos não conseguem ninguém para aplaudir Jatene… Com esses amigos Jatene não precisa de inimigos, diz o dito popular.

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