No dia 3 de outubro, quando os resultados das urnas começavam a ser divulgados, um trágico acontecimento abalou a nossa cidade. No último domingo, a violência ceifou a vida do nosso delegado André Albuquerque.
Naquela noite, ele foi mais uma vez chamado a cumprir suas obrigações no trabalho de combate à violência, mais precisamente no combate ao tráfico de drogas.
André não está mais entre nós porque era trabalhador e honrado. Cumpria seus compromissos com a sociedade.
Nesse dia, André não precisava estar naquele local. Ele estava de folga, em casa com a família, mas o seu senso de responsabilidade e de dedicação ia muito além do comum. Por isso, André, em tão pouco tempo vivendo aqui já havia angariado tanto respeito em nossa comunidade.
Políticos e a polícia são as duas instituições mais malvistas no país. E isso não é à toa. De fato, tanto uma quanto a outra precisam criar meios para controlar a corrupção moral e ética que denigrem esses organismos sociais. André estava do lado de cá dessa luta. Combatia a violência, honrava seu distintivo.
André morava no Pará já há bastante tempo. Trabalhou em várias cidades do nosso estado. Nestes lugares deixou as mesmas impressões que construiu por aqui.
Morando em Parauapebas há cerca de quatro anos, desde meados de 2008 André estava filiado ao nosso partido.
Na primeira reunião que participou, ele alegou algo mais ou menos assim: “já morei em várias cidades do Pará, mas eu agora quero ficar por aqui; gosto de Parauapebas, constitui família e quero sossegar. Nunca me filiei em nenhum partido, mas agora estou pensando em começar a participar da política na cidade”. Há cerca de um ano, André nos dava a honra de fazer parte da executiva municipal do PPS. Partilhava conosco dos projetos de futuro.
Em abril desse ano, ainda chegamos a aventar a sua participação para esta eleição, que ocorreu no último domingo. Ele alegou que ainda não estava preparado, e que se decidisse se candidatar, começaria “por baixo”.
Mesmo depois da enorme repercussão do caso de Ana Karina, cuja atuação fez por consolidar sua imagem na sociedade, André não caiu no “canto de sereia”. Confesso que vem também desse episódio a consolidação em mim da imagem que vou guardar desse companheiro: um homem mais preocupado em realizar seu trabalho do que com os frutos que eventualmente podem advir daí.
Sua esposa, seus filhos, sua família e toda a sociedade perdem a sua presença. Ganhamos sua memória e o seu exemplo.
Cláudio Feitosa
Presidente Municipal do Partido Popular Socialista – PPS
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3 comentários em “Presidente do PPS homenageia o delegado André Albuquerque”
Não sei, mas desconfio desse silêncio todo quanto a morte do nobre delegado André. Eu soube que nem a bala encontraram, isso é muito estranho…Nem estava no local do crime e muito menos no corpo do delegado.
Quem conhecia bem o delegado sabe que ele sabia de muita coisa. Coisas que muitas vezes o deixava envergonhado, pois ele servia à instituição POLÍCIA por amor e por desejo de fazer o bem e ser usado como canal para se fazer justiça.
Numa terra antes sem lei, onde não sabíamos de que ter medo, se da polícia ou dos “bandidos”, ficamos tranquilos quando descobrimos que ainda há pessoas que não se dobram ao dinheiro e nem tem um preço a ser comprado.
Não podemos confiar em políticos, pois como estamos vendo não temos prefeito e quem manda de verdade são uns abutres chamados secretários e alguns malandros corruptos e ladrões. Polícia agora!!! Sabe-se lá Deus quando é que aparecerá alguém disposto a prender bandidos, desvendar crimes, combater o tráfico de drogas e pegar aquela assassina da Ana Karina, pois pra mim a GRAZI é a que mais tem culpa.
Obrigado delegado André….
A que se contestar e muito o trabalho da polícia, tanto civil quanto militar, mas é preciso ressaltar as qualidades que estas instituições possuem também.
NO CASO DO DELEGADO ANDRÉ, ele foi muito bem sucedido no que se propôs a fazer, face à estrutura que lhe foi oferecida e que não é das melhores.
A sociedade de Parauapebas se sentiu ferida quando feriram de morte o nosso delegado. Porque ele respondeu com ÊXITO as nossas esperanças quanto ao caso ANA Karina, quando foi não só policial, mas também se portou como um policial amigo da família da moça morta brutalmente por um monstro que matou a mãe e o filho… André é digno de homenagens póstumas da sociedade parauapebense, porque morreu combatendo o crime.
O CRIME que nos impregna noite e dia e que ele, André, foi combater sem a proteção devida… somente com a força da lei. Bravo André!
Que Deus o tenha e que a população e as autoridades saibam dar real valor aos bravos combatentes do crime, sendo ele organizado ou não.
Quanto ao caso ANA KARINA, se os réus forem condenados e mais coisas vierem a ser descobertos, inclusive o paradeiro da mulher do assassino, tudo isso se deve ao DELEGADO ANDRÉ, e que venha outro delegado a altura para que faça valer nessa terra sem lei, a lei…
Fiquei chocada com a noticiada morte do delegado Andrè esta cidade perdeu um grande homem determinado e espero que outro que vier siga, o exemplo que naõ se deixe corromper e que não permita que o crime venha prevalecer, que nossos filhos possa sair e chegar em casa em paz. E aconselho as autoridades a reconhecer as qualidades e a importancia de pessoas que trabalham em prol do bem estar de toda população, e proporcionar recursos condições nescessarias. e não reconhecer e homenagear só quando morre.