Contrariando a vontade da comunidade acadêmica e dos servidores da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nomeou ontem, terça-feira (15), o professor Francisco Ribeiro Costa, reitor da instituição de ensino superior, para mandato de quatro anos. Em eleição realizada remotamente entre 15 de abril e 2 de junho deste ano, o nome escolhido, com 84,4% dos votos, para continuar à frente da universidade foi do atual reitor, professor-doutor Maurílio de Abreu Monteiro, cujo mandato expira em outubro próximo.
Em segundo lugar ficou o professor Fábio dos Reis Ribeiro de Araújo, com 8,7%, e menos votado foi o professor Francisco Costa, com 6,9%. O novo reitor é professor do Instituto de Geociências e Engenharias do Campus II da Unifesspa em Marabá. Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará (2002) e mestrado em Geologia e Geoquímica pela mesma universidade.
Bolsonaro, ao que tudo indica, está mesmo disposto a acabar com a autonomia das universidades federais quanto à escolha de seus dirigentes. Ele repetiu o mesmo ato, ao escolher o menos votado nas listas tríplices para reitor, nas universidades federais do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Ceará, Semi-Árido (RN), Fronteira Sul (com campi em SC, RS e PR), Recôncavo Baiano e Triângulo Mineiro.
A Unifesspa foi criada em 5 de junho de 2013, pela Lei Federal 12.824, a partir do desmembramento do Campus Marabá da Universidade Federal do Pará (UFPA). Hoje conta com 5.500 acadêmicos matriculados nos três campi de Marabá e nos campi de Rondon do Pará, Xinguara, Santana do Araguaia e São Félix do Xingu.
Hoje oferece 42 graduações, 8 especializações, 15 mestrados e 3 doutorados, estes em parceria com outras instituições, além de já ter diplomado cerca de 2.500 profissionais de diversas áreas do conhecimento.
Por Eleuterio Gomes – de Marabá