A primeira maternidade canina da Polícia Militar do Pará deve ser inaugurada no segundo semestre deste ano. Segundo a PM, as obras do prédio estão em ritmo acelerado e foram vistoriadas nesta segunda-feira (10) pelo comandante-geral da corporação, coronel Dilson Júnior.
O espaço está sendo instalado no Batalhão de Ações com Cães (BAC), da PM, na Avenida Brigadeiro Protásio, Bairro do Marco. A maternidade contará com aparelho de ultrassonografia, incubadora neonatal, equipamentos laboratoriais e cirúrgicos e 30 boxes com solários, onde serão alocados os novos cães.
O Canil da PM foi criado em 1974, mas foi elevado à condição de Batalhão em 14 de janeiro do ano passado. Atualmente, tem 28 cães e efetivo de 75 homens.
Com a maternidade, o BAC vai trabalhar com reproduções e fornecer cães para as forças de segurança parceiras e para os canis setoriais da PM. “A proposta é aumentar de 28 para 60 cães, a partir de uma programação para reprodução de matriz. Vamos treinar o animal desde filhote e adequá-lo à realidade local e, assim, reforçar as nossas ações de policiamento nas unidades do Estado”, adianta a médica veterinária, 2º tenente Marina Coutinho, que é mestre em reprodução animal e há um ano se dedica a cuidar dos cães policiais do BAC.
De acordo com a veterinária, se uma cadela puder ter, em um parto, de 8 a 10 filhotes, é possível aproveitar uma média de cinco deles, o que representa um aproveitamento significativo. Atualmente, os 28 cães do BAC estão distribuídos nas categorias operacionais, faro de explosivos, faro de narcóticos, demonstração e também conta com filhotes em treinamento para faro.
Segundo o BAC, um cão chega a custar R$ 18 mil, com uma expectativa de vida ativa na PM de até oito anos. Com a maternidade, não vai haver mais esse custo para o estado, já que a unidade pode se tornar um polo de fornecimento de cães a custo zero.
Para o 1° tenente, Jonathan Wesley Castro de Sousa, a estruturação do BAC representa uma possibilidade de expandir o emprego dos cães na PM, sendo um avanço importante no combate ao crime.
“Isso já vem ocorrendo, desde que se tornou Batalhão, mas, com a maternidade, e com o futuro aumento do efetivo canino, teremos mais condições de atender o interior do estado, por exemplo. Sem falar que, com a maternidade, teremos espaço estruturado, com novos equipamentos, para atender as demandas do BAC”, frisa o tenente.
Por Tina DeBord -com informações da Agência Pará