A produção de minério de ferro da multinacional Vale no Pará reduziu no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Nas serras Norte e Leste, localizadas nos municípios de Parauapebas e Curionópolis, respectivamente, foram produzidas 48,87 milhões de toneladas, o menor valor da década, enquanto na Serra Sul, no município de Canaã dos Carajás, a produção atingiu 33,72 milhões de toneladas, o maior volume desde a estreia da mina de S11D, no final de 2016.
As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu por meio do texto de 18 páginas do Relatório de Produção do 2º Trimestre que a Vale divulgou na manhã desta segunda-feira (22), na abertura dos mercados. De acordo com a multinacional, a produção em Parauapebas e Curionópolis despencou 19,6% ante as 60,81 milhões de toneladas dos primeiros seis meses do ano passado, ao passo que em Canaã o ritmo de atividade aumentou 29,7% em relação às 26 milhões de toneladas de minério de ferro de 2018.
A Vale diz que a produção no Sistema Norte (que compreende as minas dos três municípios já mencionados, produtores de ferro) caiu em 2019 “devido principalmente às chuvas atípicas em abril e maio (precipitação média de 463 milímetros no 2º trimestre de 2019 contra 275 milímetros no 2º trimestre de 2018)”. Todavia, a empresa está satisfeita com o avanço físico do projeto S11D, em Canaã dos Carajás, que tem dado resultados satisfatórios e dentro do esperado.
Outro importante commodity de Carajás anunciada no balanço da Vale é o cobre, cujo resultado paraense também despencou. A produção física em 2019, no primeiro semestre, foi de 86,6 mil toneladas no projeto Salobo, em Marabá, uma baixa de 4,2% em relação às 90,4 mil toneladas de 2018. Já no projeto Sossego, em Canaã, o volume de cobre foi de 40,5 mil toneladas, 8,8% menor no comparativo com as 44,4 mil toneladas de 2018.