Concentrada maciçamente na extração industrial de minério de ferro, a indústria paraense até cresceu 1,7% em janeiro deste ano em relação a dezembro do ano passado, mas caiu discretamente 0,1% em relação a um ano atrás. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem, quinta-feira (14), os resultados regionais da produção.
O Pará é um dos dez locais onde a produção industrial caiu em relação a janeiro de 2018. Amazonas lidera as perdas, com 10,5% de retração, seguido do Mato Grosso, com 9,2%. A média nacional também foi de queda, da ordem de 2,6%. Só cinco locais apresentaram crescimento: Paraná (8,1%), Goiás (5,8%), Rio Grande do Sul (5,7%), Santa Catarina e Minas Gerais (empatados com avanço de 1,2%).
O Blog do Zé Dudu analisou dados do Ministério da Economia, de onde partem informações utilizadas pelo IBGE, e concluiu que a retração da indústria paraense tem a ver com a retração da produção física de recursos minerais. Em Parauapebas, por exemplo, a extração de minério de ferro recuou de 9,82 milhões de toneladas em janeiro de 2018 para 8,64 milhões de toneladas em janeiro de 2019. No município de Curionópolis, a baixa foi de 420 mil toneladas para 245 mil toneladas no mesmo período.
Além disso, houve queda na produção de manganês, outro importante produto da pauta industrial paraense. Em Marabá, a redução da produção de manganês foi de 157 mil toneladas para 54 mil.
Em fevereiro, a indústria deve se recuperar escorada na lavra intensiva de minério de ferro de Canaã dos Carajás, que saltou de 3,34 milhões de toneladas em 2018 para 6,68 milhões em 2019. Mas Parauapebas, mais uma vez, segue caindo (de 7,46 milhões de toneladas em 2018 para 7,38 milhões em 2019) e forçando o Pará a pisar no freio da produção.