Professora de Filosofia da rede estadual de educação, em Marabá, Kettily Silva Marinho Morais foi detida numa operação das polícias Civil e Militar por volta de meio dia desta terça-feira, dia 30, às proximidades do Colégio Anísio Teixeira, no núcleo Cidade Nova.
Ela é suspeita de oferecer oportunidades de emprego em entidades públicas, principalmente a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), mas também há registro na Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), onde a educadora teria oferecido emprego de motorista a um rapaz. Ele teria, inclusive, um documento de contrato de emprego, que seria supostamente assinado pela diretoria de Recursos Humanos da Sespa, em Belém. O que não era verídico.
A polícia apurou que Kettily Silva Marinho estaria exigindo cerca de R$ 3 mil por cada candidato que ela conseguiria a vaga para trabalhar no Estado. Mas, após ela receber o recurso, sumia e não mantinha mais contato com o candidato. Ela teria lesado cerca de 80 pessoas, de acordo com a polícia.
O coordenador da Diretoria Regional de Educação (DRE), Magno Barros, que há vários meses recebia reclamações de pessoas que se apresentavam naquela entidade como novo contratado para trabalhar, mas não passou por nenhum processo seletivo ou concurso público.
Segundo Magno Barros, um processo administrativo será aberto e há grande possibilidade de a professora ser exonerada da função que ocupa na rede estadual de ensino, especificamente na modalidade SOME, que percorre comunidades rurais ao longo do ano.
Após a detenção, Kettily foi conduzida à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, na Folha 30, Nova Marabá, onde prestou depoimento. Algumas vítimas compareceram para registrar boletim de ocorrência e reconhecer a suspeita, que até as 15 horas continuava na delegacia em depoimento.