O Projeto de Lei do Senado (PLS) 326/2013, que está em trâmite no Senado, pretende regular a modalidade de trabalho a distância. A proposta está alinhada com uma tendência que tem se tornado cada vez mais comum no mundo a fora.
A mudança estabelece duas categorias de trabalho a distância: o regular, que se distingue do trabalho normal unicamente pela localização (fora do estabelecimento do empregador), e o teletrabalho, também distante, mas caracterizado pelo uso de meios telemáticos e informatizados para sua execução.
Para o designer gráfico Halisson Correia, a sugestão representa uma evolução no modelo de trabalho no país, mas diz que isso já existe há algum tempo em outros países. “Muitas companhias fazem isso e funciona. Empresas como Microsoft, Google, Yahoo e Gerdau já têm funcionários que trabalham em casa. Com a minha empresa [a Halisson Design] trabalhei assim de 2004 a 2012”, explica Halisson, que hoje é servidor público municipal.
No PLS 326/2013, o empregado comparece à empresa por período inferior ao de seis dias úteis, mas é facultativo o uso das dependências do empregador sempre que isso for necessário ao desenvolvimento de suas atividades.
Em uma pesquisa patrocinada pela Dell, chamada de Global Evolving Workforce, a maioria dos trabalhadores brasileiros afirma que são mais produtivos quando trabalham em um escritório. No entanto, os brasileiros não concordam que a situação atual é a ideal. A maioria acha que funcionários que trabalham em casa são tão produtivos ou até mais do que aqueles em escritório e muitos esperam que os empregadores ofereçam a opção de trabalhar em casa.