O projeto de exploração da montoeira de ouro da Serra Pelada, em Curionópolis, no Pará, pode ter a sua implantação finalizada ainda neste ano, de acordo com Deivson Vidal, gerente da Sona. Em agosto de 2017, a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada e a Sona Mineração assinaram um acordo para a exploração do minério no local.
“Estamos na fase de planejamento da implantação, o cronograma está em elaboração. Os projetos estão contratados, nos próximos 30 dias teremos informações mais precisas, que são fundamentais para obtermos assertividade. Análises preliminares indicam o fim da implantação para o final do ano. Estamos buscando alternativas para conseguirmos reduzir o prazo de implantação”, disse Deivson Vidal, gerente da Sona.
O projeto prevê o reprocessamento do rejeito de ouro da Serra Pelada. Segundo a empresa, é estimado entre 1,3 milhão e 1,5 milhão de toneladas de rejeito com 0,7 gramas de ouro por tonelada.
Segundo a empresa, a infraestrutura tem sido uma das grandes dificuldades para a implantação do projeto. “As maiores dificuldades são: a parte ambiental e infraestrutura local. Teremos que investir em toda a infraestrutura, inclusive as mais básicas como água e energia elétrica para o projeto”, afirma.
A empresa já iniciou a reforma da guarita de entrada do projeto, a instalação de energia elétrica e o cercamento de toda a área do empreendimento.
Acordo com a Sona
Em agosto do ano passado, cerca de 89% dos garimpeiros da Coomigasp aceitaram a proposta da Sona, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), para exploração mineral dos rejeitos do garimpo de Serra Pelada, no Pará. O novo aditivo determinou a mudança da cláusula do contrato principal para 70% para a empresa e 30% para a cooperativa.
Segundo o presidente da cooperativa na época do fechamento do acordo, Edinaldo de Aguiar Soares, a expectativa era que a usina do projeto da montoeira seja implantada até o fim do ano. O gerente da Sona revelou que existe uma grande pressão dos garimpeiros para que o projeto se inicie.