Fruto do trabalho voluntário de dois desportistas, Walace dos Santos Lima e Vanderson Maciel Borba, a Escolinha de Futebol Antônio Matos Filho, fundada há mais de um ano, atende dezenas de adolescentes e jovens de Parauapebas, que aprendem as técnicas do futebol de salão, ao mesmo tempo em que são estimulados a alcançar bom desempenho em sala de aula.
“Eu melhorei muito, tanto em casa quanto na escola. O Walace é como se fosse um pai pra gente. Minha mãe é muito feliz por eu participar desse projeto. No início eu não sabia nada de futebol de salão, hoje já até participo de campeonatos”, relatou o Tiago Monteiro, que tem 15 anos e faz o primeiro ano do ensino médio na escola Antônio Matos Filho, localizada na VS-10.
“A cada três meses fazemos reuniões com os pais e pedimos que tragam as notas dos filhos e que compartilhem o desenvolvimento escolar deles conosco. Aqueles que começam a desandar nas notas ficam suspensos por um período das nossas atividades esportivas”, informou o coordenador do projeto, Walace dos Santos.
Além de possibilitar aos participantes a oportunidade de praticar um esporte, o projeto também contribui no processo de integração entre os jovens da comunidade. “Este bairro é considerado muito perigoso, difícil de fazer amizades, mas aqui no projeto muita gente se tornou amigo” disse Bruno Reis de Oliveira, que estuda o 2º ano do ensino médio e está na escolinha de futebol há um ano.
Atualmente a Escolinha de Futebol Antônio Matos atende mais de 200 adolescentes e jovens, as atividades esportivas são praticadas na quadra da escola que tem o mesmo nome da escolinha. Os meninos que integram o projeto têm entre 7 e 17 anos, já as mulheres têm idades mais variadas, entre 16 e 30 anos. O grupo se reúne em subgrupos distribuídos nas terças, quintas e sábados para treinamento. Cada participante colabora com uma taxa mínima de R$ 10 por mês para as depesas da esolinha.
Como tudo começou
“Eu jogo em um time da segunda divisão do campeonato municipal aqui de Parauapebas e nossos treinos sempre foram aqui na quadra da escola. Eu e meu parceiro do projeto começamos a observar que muitos meninos vinham acompanhar os nosso treinos. Um deles, um dia, sugeriu que a gente abrisse uma escolinha e gostamos da ideia. Começamos com 12 meninos”, relatou Walace dos Santos.
Os coordenadores do projeto dizem que no início foi tudo muito difícil. Depois eles começaram a contar com mais apoio de pessoas, empresas e instituições, e organizaram melhor seu planejamento e estão se estruturando. “Nosso objetivo é descobrir talentos e ajudar famílias carentes”, finalizou Walace.