Pouca gente sabe, mas a Capital do Minério possui ações culturais independentes de elevada performance e com alto potencial de engajamento. A prova disso é o fato de Parauapebas ter emplacado pelo menos quatro projetos para captar recursos, mediante doações ou patrocínios, dentro da Política Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura.
A informação foi levantada pelo Blog do Zé Dudu, que observou nomes paraenses circulando nos bastidores do concorridíssimo meio cultural, dominado por representantes de São Paulo e Rio de Janeiro. Com isso, projetos de Parauapebas e de outros municípios do estado terão até o último dia deste ano para conseguir recursos federais, embora o prazo seja variável conforme o enquadramento do projeto e ou entidade inscrita.
Um dos projetos mais famosos é o Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás, sob a batuta da Cooperativa dos Artesãos da Região de Carajás, com sede em Parauapebas. Inaugurado em 2016 com apoio da mineradora Vale e incentivo fiscal da Lei Rouanet e composto majoritariamente por mulheres, o centro conta com galeria de exposição, loja, ateliê e espaço educativo.
Devido a sua importância e ao papel de difusão e formação cultural, o Mulheres de Barro entrou para o radar do turismo local e ampliou o número de parceiros. Hoje, além de espaço moderno, o centro conta com site na internet (veja aqui), que contribui para que seja visto lá fora.
Os demais projetos que também estão no páreo por recursos são o Arte de Rua, de autoria de Cláudio Luís da Luz; o Baú da Saudade, assinado por Joseane Pereira da Silva; e Música É Liberdade, de Álvaro José Soares.
Projetos de Marabá e Canaã
Marabá teve três projetos habilitados para captação de recursos. O Blog do Zé Dudu identificou no Diário Oficial da União (DOU) os projetos Festival The Roque, Senhora de Nazaré e Marabá Festival Jazz. Em Canaã dos Carajás, a habilitada da vez é a Casa da Cultura, sob a gestão do Instituto Vale. No Pará, Belém emplacou 39 e Ananindeua, seis. Castanhal, Santarém e Altamira também possuem projetos atrás de patrocínio federal.