Estão abertas, até o dia 14 de fevereiro, as inscrições para a chamada pública “Soluções Socioambientais para Centros Urbanos”, da Aliança pela Inclusão Produtiva (AIPÊ). Com R$ 9 milhões para investimento e participação de até R$ 4,5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a iniciativa busca alavancar soluções sustentáveis, gerando trabalho e renda por meio do fomento a projetos socioambientais em centros urbanos. Organizações interessadas podem se inscrever por meio do site da AIPÊ.
O incentivo será realizado a partir de duas frentes: empreendedorismo, com apoio a negócios coletivos nas áreas de reciclagem, economia circular, agricultura e agroecologia urbana, e empregabilidade, com apoio a soluções focadas no processo de capacitação e formação profissional na área de energias renováveis.
Formada pela parceria entre o BNDES, Fundação Arymax, Fundação Tide Setubal, Instituto Heineken, Instituto humanize, Instituto Votorantim e Santander, na chamada pública “Soluções Socioambientais para Centros Urbanos”, a AIPÊ conta também com o apoio da B3 Social e do Instituto Itaúsa.
“Esta chamada está alinhada aos objetivos do governo Lula de promover a transição do Brasil para uma economia sustentável, proporcionando a criação de oportunidades de trabalho e renda para as populações mais vulneráveis, público que tem recebido apoio em outras iniciativas do BNDES, em especial nas periferias urbanas,” explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Um estudo do Ministério do Meio Ambiente (MMA) estima que a economia circular, por exemplo, pode gerar até 7 milhões de empregos no Brasil até 2030, especialmente nos setores de reciclagem, reuso e remanufatura.
Marcelo Furtado, head de sustentabilidade da Itaúsa e diretor-executivo do Instituto Itaúsa destaca: “O nosso propósito é acelerar a transição da economia brasileira para uma economia mais produtiva e positiva para o clima, a natureza e as pessoas. A AIPÊ aborda essas dimensões de forma integrada, contribuindo com a transição econômica nas cidades brasileiras”.
Com um fundo de R$ 40 milhões para promover trabalho e renda para populações em situação de vulnerabilidade, a iniciativa já investiu cerca de R$ 8 milhões em projetos por meio de duas chamadas públicas e está em fase de seleção de novos projetos, reforçando o compromisso com o desenvolvimento socioambiental em diversas regiões do país.
Coordenadora do programa de Nova Economia e Desenvolvimento Territorial da Fundação Tide Setubal, Kenia Antonio Cardoso concorda que “a economia funciona como um organismo vivo, em constante transformação”. “Para avançar rumo a uma sociedade mais justa e sustentável, é essencial fomentar iniciativas que promovam o desenvolvimento de agentes com origem em contextos periféricos em harmonia com a natureza,” expandiu. “Esta chamada pública reflete uma visão inovadora do investimento social privado, ao considerar que o impacto socioambiental só pode ser alcançado por meio de altos investimentos, parcerias de confiança e comprometimentos com mudança”.
Além do aporte financeiro, ao longo de 18 meses, os projetos selecionados contarão com o apoio da AIPÊ por meio de mentorias, oficinas temáticas e reuniões periódicas. Após esse período, eles serão monitorados por mais um ano para avaliação dos resultados.
Quem pode participar?
A chamada pública destina-se a iniciativas focadas em duas frentes principais de atuação: empreendedorismo coletivo e empregabilidade.
Para a via do empreendedorismo coletivo, os projetos deverão ser desenvolvidos nos segmentos de reciclagem, economia circular e agricultura e agroecologia urbana. Serão apoiadas organizações intermediárias – facilitadoras, que conectam projetos e iniciativas com recursos, conhecimentos e redes de apoio –, associações, cooperativas e rede de organizações que integrem soluções socioambientais.
Para a via focada em empregabilidade, os projetos devem atuar no segmento de energias renováveis e ser desenvolvidos por organizações intermediárias.
O valor financeiro máximo de aporte varia entre R$ 400 mil e R$ 800 mil, de acordo com o perfil da organização e via de atuação.
Durante a seleção, serão priorizados projetos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além do estado do Rio Grande do Sul. Aqueles desenvolvidos em municípios com população superior a 50 mil habitantes, e organizações lideradas majoritariamente por mulheres, jovens, pessoas pretas, pardas e indígenas, também terão prioridade.
Serviço
- Chamada Pública AIPÊ – Soluções Socioambientais para Centros Urbanos
- Inscrições: De 28 de novembro a 14 de fevereiro de 2025
- Resultados: Até 18 de julho de 2025
- Onde se inscrever: www.aipe.org.br
Sobre a AIPÊ
A Aliança pela Inclusão Produtiva é resultado da união de instituições com conhecimento e experiência reconhecidos na atuação pela redução da desigualdade por meio da inclusão produtiva. Juntos, BNDES, Instituto Votorantim, Fundação Arymax, Fundação Tide Setubal, Instituto HEINEKEN, Instituto humanize e Santander reuniram recursos não reembolsáveis que serão aportados em chamadas públicas. Com recortes específicos, sempre direcionadas a projetos conduzidos por associações, cooperativas, microempresas e empreendedores individuais, a iniciativa tem o objetivo de tirar pessoas da vulnerabilidade através da promoção do trabalho e renda.
A AIPÊ foi criada com um fundo de R$ 40 milhões que será destinado a projetos de promoção de trabalho e renda para populações em situação de vulnerabilidade, através de chamadas públicas realizadas ao longo de cinco anos. As duas primeiras chamadas foram lançadas em 2023, voltadas para Negócios Rurais Inclusivos e Empreendedorismo Urbano Periférico. Juntas, somaram R$ 8 milhões, investidos em 18 projetos, que já começaram a ser atendidos com os recursos financeiros, apoio técnico e mentoria oferecidos pela iniciativa.