Helio Rubens Pinho, Promotor de Justiça do Ministério Público de Parauapebas, concedeu entrevista coletiva para esclarecer dúvidas em relação às operações “Teia de Penélope” e “Icarus” deflagadas hoje em Parauapebas.
Em síntese, Helio Rubens informou que:
- o empresário Hamilton Silva Ribeiro foi preso sob a acusação conspiração para obter vantagens junto ao legislativo local via pagamento em dinheiro;
- a diferença entre as atitudes em relação ao vereador Maridé e os outros que também aparecem recebendo dinheiro no vídeo é que Maridé, além de receber o dinheiro, faz comentários e dá conselhos a Pedro Ribeiro sobre como agir com outros membros do parlamentos, fato que, para o MPPA, caracterizou um envolvimento maior de Maridé em relação aos outros, o que motivou o seu pedido de afastamento;
- que a liminar que afastou Maridé tem relação apenas com o atual mandato, não recaindo sobre a gestão 2017/2020 para o qual o vereador foi reeleito. O MPPA, após as investigações estudará se solicitará a renovação da liminar para que ela se estenda para esse novo mandato, impedindo que Maridé assuma em janeiro;
- cerca de 30 membros do MP participaram as duas operações;
- que Hamilton Ribeiro será encaminhado para o presídio em Belém;
- que em Parauapebas a operação Icarus se concentrou basicamente na Secretaria de Saúde do município, mas que houve apreensão de documentos na sede da Integral, pois há a suspeita de que a empresa do prefeito teria recebido gás destinado à Semsa;
- que Pedro Ordeiro Ribeiro não foi encontrado, mas que as diligências com o intuito de prendê-lo continuarão;
- que os vereadores Braz, Maridé e Bruno Soares já foram ouvidos pelo MPPA logo que os vídeos foram divulgados, e que hoje o vereador Charles Borges também foi ouvido.
- que serão colhidos depoimentos de Hamilton Ribeiro e outros envolvidos no pagamento a vereadores e que após a análise desses depoimentos outras ações do MPPA poderão ocorrer em Parauapebas para que o estado democrático de direito não seja quebrado.