Por Paulo Costa – de Marabá
O promotor de Justiça Reginaldo César Lima Álvares (foto), respondendo interinamente pela Promotoria Eleitoral, protocolou esta semana um Pedido de Suspeição do juiz César Dias da França Lins , da 23ª Zona Eleitoral de Marabá. O representante do Ministério Público entendeu que há uma relação de amizade muito próxima entre o juiz César Lins e a família do vereador licenciado Nagib Mutran Neto, réu em um processo eleitoral de 2012.
Nagib Mutran, que agora ocupa o cargo de secretário municipal de Saúde de Marabá, é filho do ex-deputado Vavá Mutran e foi denunciado pelo Ministério Público por conduta vedada. Nagib é acusado de utilizar receber doação de R$ 35 mil em sua campanha para reeleição em 2012 de uma fonte não permitida pela Justiça. No início deste ano, o juiz César Lins assumiu a 23ª Zona Eleitoral e automaticamente caiu em sua mesa o processo de Nagib para ser julgado. Pela relação de proximidade com sua família, o promotor Reginaldo entendeu que o juiz César Lins não teria isenção para julgar a causa de Mutran com imparcialidade, como determina a legislação.
Esta semana, o juiz César Lins balançou a política marabaense ao provocar duas mudanças na Câmara Municipal. Ele condenou Gerson Augusto dos Santos Varela, o Gerson do Badeco (PHS), a perda do mandato por ter utilizado o veículo oficial da Câmara em sua campanha de reeleição em 2012. Com isso, os votos de Gerson foram anulados e o quociente eleitoral caiu. No lugar dele, assumiu Raimundo Nonato Dourado (suplente do PMN) e por a redistribuição dos votos, a vereador Irmã Nazaré (PSDB) acabou perdendo o cargo na Câmara e em seu lugar assumiu Ilker Moraes (PHS). Os novos vereadores serão diplomados pelo juiz eleitoral durante a manhã desta sexta-feira.
A reportagem do blog vai ouvir ainda hoje o juiz César Lins sobre o pedido de suspeição.
5 comentários em “Promotor pede suspeição de juiz eleitoral em Marabá”
Homero, grande pote, pelo que me consta os gregos andavam em seu próprio navio e não na lancha dos outros, e Ulisses apenas ouviu o canto das sereias… mas não sucumbi ao encanto.
Engraçado este MP. Durante o inicio do governo maurino magalhaes, somente nos primeiros 90 dias haviam mais de 100 denuncias. Enquanto isto no governo Joao Salame, amigo do promotor Julio Cesar, até agora nada, somente uns gatos pingados.
Joao, sabidamente levou todos e o juiz Cesar Lins pediu a suspeição do promotor Julio Cesar e da promotora Joselia por afinidades destes com familias e politicos da regiao, nao oferecendo imparcialidade nas denuncias e nem apurando as mesmas.
Quem é quem nesta cidade. Todos tem telhado de vidro.
a sociedade marabaense tem sofrido muitas mazelas por parte do judiciario e o ministerio publico continua incansavel na batalha para cumprir sua missao constitucional !
Esta corretissimo o Promotor de justica,eh publico e notorioa relacao de amizade existente entre o juiz cesar lins e a familia mutran. Com frequencia e visto passeandode lancha no rio tocantins e em rodas de mesa em eventos. E em casos como esse,visando garantir a propria lisura do julgamento, de modo imparcial eh que a lei diz que o magistrado deve se julgar suspeito, e nao o fazendo cabe ao fiscal da lei , Ministerio Publico arguir suspeicao! PARABENS MPE
isso é mais que notório em Marabá ele sai em colunas sociais com os integrantes da família!