Brasília – Após quatro rodadas de negociações e ter apresentado quatro condições para ingressar como um dos membros na federação partidária liderada pelo PT, o PSB anunciou na quarta-feira (9) que desistiu da empreitada e não vai se submeter às imposições ditadas pelo PT que continua negociando com o PC do B, PV e outros nanicos a união temporária pelos próximos quatro anos, prazo de vigência de uma federação.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, minimizou a decisão dizendo que: “Não há decisão de ingressarmos agora na federação porque esse assunto não está maduro para o PSB”. Entretanto, o partido deverá fazer uma aliança eleitoral com o PT. O PSB deverá receber a filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB. A intenção é que Alckmin seja o candidato a vice na chapa para a Presidência da República encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na avaliação do dirigente do PSB, se Lula desejar e Alckmin aceitar, o ex-governador será o vice.
“O PSB toma como sua essa candidatura a vice e está satisfeito”, disse Siqueira. “Reitero que o mais importante é estarmos em um projeto comum”, acrescentou.
O PSB apresentou quatro exigências para integrar a federação:
- na composição da assembleia geral dos partidos da federação, considerar, além do número de deputados eleitos, o número de prefeitos e vereadores eleitos por partido em 2020;
- manutenção da composição da assembleia geral por quatro anos;
- direito a veto para partidos que alcançarem 15% de votos na assembleia geral;
e estabelecer quatro quintos dos membros como maioria qualificada dentro do órgão.
O PT e PSB tiveram divergências em relação a candidaturas regionais — em uma federação, os partidos devem lançar um único candidato. Dirigentes das siglas chegaram a trocar acusações em entrevistas à imprensa.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.
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