Por Paulo Costa – Correspondente do Blog em Marabá
Renan Mesquita Leão, Danilo Costa Ladislau, Osvaldo Rodrigues de Melo Junior e Wagner Bruno Santos Leão foram presos pela Polícia Civil, na manhã do último sábado (9), após investigação apontando que eles desviavam combustível de um posto da Folha 26, com requisições falsas da Prefeitura Municipal de Marabá. Na casa de Danilo foram apreendidos 300 litros de óleo diesel. Segundo o delegado Rayrton Carneiro, responsável pela investigação, a Polícia civil foi procurada pelo servidor Gildivan Bezerra da Silva, chefe do setor de abastecimento da prefeitura que denunciou o fato.
“Ele nos informou que estava recebendo cobranças do posto, superiores ao valor que era abastecido pelo Poder Executivo. Por isso, começou a desconfiar da falsificação de requisições”. A partir daí, ainda conforme o delegado, a equipe policial começou a investigar situação e, ao averiguar as imagens das câmeras de segurança do posto, verificou que um funcionário estava utilizando essas notas com assinatura falsificada havia aproximadamente 30 dias.
“Conduzimos o responsável [Renan] para a delegacia, identificamos as pessoas que estavam recebendo esse combustível e aquelas que estavam envolvidas no transporte dele. Ao final, o servidor público estava sendo vítima porque a assinatura dele e o carimbo foram falsificados”, informou.
Ainda conforme Carneiro, Renan admitiu para a Polícia Civil que furtou um bloco de requisições do posto, falsificou um carimbo com o nome do servidor público e também as assinaturas. “Com isso ele retirava o combustível do posto e repassava para o Danilo, que era o receptador e que revendia para caminhoneiros e outras pessoas”, acrescentou. Os outros dois envolvidos auxiliavam no transporte do combustível, do posto para a residência do receptador. A autoridade policial informou que presos deverão responder pelos crimes de formação quadrilha, furto qualificado, receptação e falsificação de documento público.
Para o secretário Municipal de Segurança Institucional, Alberto Henrique Teixeira de Barros, no período em que os fraudadores atuaram podem ter sido desviados mais de 3 mil litros de combustível. “É uma quantia significativa e lesa o erário público do município. Assim que tomamos conhecimento junto ao chefe do setor do que estava acontecendo, imaginamos que essa conduta estivesse sendo praticada por algum funcionário da prefeitura, mas a Polícia Civil descobriu que, na verdade, o desvio estava sendo feito por um funcionário do posto”.
Ele acrescentou que a determinação da administração municipal é de que todo desvio de recurso público seja investigado e punido. “A determinação é para que não tenhamos piedade para com aqueles que estão lesando o município. Várias investigações estão em trâmite e, sendo funcionário público ou não, os envolvidos terão uma resposta”. As guias com assinaturas falsificadas foram apreendidas, assim como veículos que eram utilizados no transporte.
Os acusados negaram participação no crime. “Só trabalho no posto e não tenho envolvimento nesta situação”, declarou Renan.