Parauapebas e Canaã dos Carajás, maiores destaques nacionais de arrecadação de recursos públicos em 2021, movidos a royalties de mineração, têm assistido a suas prefeituras caírem bruscamente no ranking da bonança, embora o faturamento das duas continue muito bem, obrigado. É o que mostra um levantamento realizado com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu nesta quarta-feira (10) a partir da compilação de dados consolidados pelas próprias prefeituras junto ao Tesouro Nacional.
O Blog incluiu nesse rol Brasília, que, mesmo sendo sede distrital e não tendo sua receita computada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) como município, teria ausência sentida caso não constasse do ranking. A arrecadação de Brasília ― ou do Distrito Federal, como queira ― está praticamente pau a pau com a da cidade do Rio de Janeiro.
O Pará tem, ao todo, quatro nomes emplacados na lista dos 100 municípios que mais arrecadam, com Belém e Marabá se somando à Capital do Minério e à Terra Prometida. A capital paraense aparece na 19ª posição, com receitas correntes de R$ 2,051 bilhões de janeiro a junho. Belém melhorou sua participação em relação a 2021, quando encerrou o ano na 21ª colocação, mesmo sendo a 11ª cidade mais populosa do país.
A Prefeitura de Parauapebas, com R$ 1,218 bilhão computado no balanço orçamentário, fechou o primeiro semestre deste ano na 46ª posição e foi quem mais rolou degraus entre as 100 prefeituras mais ricas. Isso porque, no encerramento de 2021, Parauapebas ficou na 32ª colocação, um desempenho histórico de acúmulo de receitas no ano, surrando a arrecadação de diversas capitais, como Florianópolis, Vitória, Natal, João Pessoa, Maceió e Aracaju, pelas quais agora acabou de ser ultrapassada.
Performance similar também ocorreu com a Prefeitura de Canaã dos Carajás, que desabou da 62ª posição para, atualmente, a 75ª, devido aos R$ 763,87 milhões arrecadados ficarem abaixo do patamar médio de 2021. Canaã experimentou o mesmo problema de Parauapebas, que foi a queda na arrecadação de royalties, principal receita de ambos e advindos da indústria extrativa mineral.
A Prefeitura de Marabá, por seu turno, melhorou duas posições, tendo passado de 84º lugar no final de 2021 para 82º na metade deste ano. Com R$ 706,95 milhões reportados no balanço orçamentário, o município de Marabá está muito próximo de pegar ― e ultrapassar ― localidades muito dinâmicas e prósperas, com excelente arrecadação, como a paranaense Cascavel, a mineira Montes Claros, a goiana Anápolis e a fluminense Petrópolis, capitais regionais em seus respectivos estados.
Cadê Ananindeua e Santarém?
Embora sejam segunda e terceira cidades mais populosas do Pará, atrás de Belém, Ananindeua (R$ 552,44 milhões) e Santarém (R$ 529,75 milhões) ainda não têm cacife para emplacar suas prefeituras no pelotão das 100 mais ricas do Brasil. A arrecadação de Ananindeua chega perto: é a 113ª maior do país, enquanto a de Santarém, 126ª.
As cinco cidades brasileiras com administração que mais arrecadaram na primeira metade deste ano foram São Paulo (R$ 41,28 milhões), Rio de Janeiro (R$ 16,87 bilhões), Brasília (R$ 15,74 bilhões), Belo Horizonte (R$ 7,67 bilhões) e Curitiba (R$ 5,22 bilhões). São Paulo é o estado com o maior número de representantes no ranking (30), seguido do estado do Rio (11), Minas Gerais (nove) e Paraná (oito). Todas as capitais atualmente estão entre as 100 cidades que mais arrecadam no país ― até o final do ano passado, Macapá era a única de fora.
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Confira o ranking das 100 prefeituras que mais arrecadaram no primeiro semestre deste ano, incluindo a arrecadação distrital de Brasília:
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1 comentário em “RANKING: Saiba quais foram os 100 municípios que mais arrecadaram no 1º semestre”
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