Tirando do páreo
O atual prefeito de Lindóia – SP, José Justino Lopes (PSDB) pediu a impugnação do filho Luciano Lopes (PDT), que concorreria com ele nas eleições no município, alegando na Justiça Eleitoral que o parentesco impedia a disputa nas urnas. A juíza Juliana Maria Finati aceitou a solitação e indeferiu a candidatura do pedetista. A mesma sentença foi mantida no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e no TSE, impedindo a competição entre pai e filho. José Justino concorreu então com o farmacêutico Luiz Carlos Scarpioni Zambolim (PMDB) e perdeu por 66 votos.
Fichas sujas
Mesmo encerrado o primeiro turno das eleições municipais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda terá de analisar os recursos de 2.243 candidatos a prefeito e a vereador que foram barrados pela Lei da Ficha Limpa. A corte eleitoral volta a julgar os apelos dos fichas-sujas na sessão desta terça-feira (9).
Hegemonia
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o PMDB manteve a liderança em relação ao número de prefeitos, 1.025 eleitos no primeiro turno entre todos os municípios brasileiros. Apesar de o PMDB ser o partido com mais prefeitos eleitos, a legenda mais bem votada foi o PT, que recebeu mais de 17,2 milhões de votos válidos em todo o país para o cargo de prefeito, o equivalente a 12,46% do eleitorado nacional. O PMDB foi o segundo colocado com 16,7 milhões de votos (12,07% do eleitorado).
Pequeno
O partido menos votado foi o PCO, com 4,2 mil votos, e não atingiu nem 1% dos eleitores do país.
Vereadores
O PMDB e o PSDB foram os partidos que mais elegeram vereadores no país nas eleições de 2012, mas ambos tiveram queda no total de eleitos nas câmaras municipais em comparação com as eleições de 2008. Já o PT é a legenda que mais terá cadeiras de vereadores nas capitais e também a que mais cresceu entre as maiores legendas.
Segundo turno
O segundo turno é possível em 83 cidades do país onde há mais de 200 mil eleitores. Destas, apenas 33 definiram seus prefeitos no primeiro turno. Das 50 cidades onde ocorrerão o segundo turno no próximo dia 28 de outubro, 17 são capitais brasileiras. Somente duas capitais, Palmas e Boa Vista, não podem ter segundo turno.
Psol
Sete anos após ser registrado pela Justiça Eleitoral, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu no domingo (7) seu primeiro prefeito. Com 6.796 votos, o equivalente a 44,26% dos votos válidos, Gelsimar Gonzaga venceu a disputa pela Prefeitura de Itaocara, no Rio de Janeiro. A sigla também está, pela primeira vez, no segundo turno de uma eleição – em Belém (PA) e Macapá (AP) – e pode conquistar a sua primeira prefeitura de capital.
Sexo frágil
Esta foi a primeira eleição municipal com a vigência da lei 12.034/2009, que estabelece que “cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo”. O número de mulheres eleitas para as prefeituras no 1º turno aumentou 31,5% nestas eleições em relação ao 1º turno de 2008. Apenas uma candidata se elegeu prefeita de capital, Teresa Surita (PMDB), em Boa Vista. O percentual de candidatas do sexo feminino também aumentou, crescendo 21,3% neste ano, em relação a 2008. Em 2012, as mulheres conquistaram 663 prefeituras, representando 12,03% do total de prefeitos eleitos.
Idade
Dos 5.512 prefeitos eleitos em 1º turno no país, o grupo que tem entre 46 e 65 anos forma a maioria, representando 55,53% do total. Segundo o TSE, o prefeito eleito mais novo é Pacheco Neto (PSD), de Chaval (CE), com 21 anos de idade. Os outros mais novos, eleitos também com 21 anos, são Valéria do Manin (PR), de Araioses (MA), Pinheirinho (PP), de Ibirité (MG), e Divaldo Soares (PSDB), de Viçosa do Ceará (CE).
Idade II
A cidade de Ipê, na Região Nordeste do Rio Grande do Sul, elegeu a vereadora mais jovem do estado. Gislaine Ziliotto, de 17 anos, foi a líder de votos entre os 33 candidatos. Ela completará 18 anos em 1º de janeiro de 2013.
Idade III
Eleito aos 89 anos, Tião Biazzo (PMDB), é o prefeito mais velho do Brasil. Já é a sexta vez que o candidato do PMDB se elege para a prefeitura de Aguaí, interior de São Paulo. Biazzo venceu Dr. Gutemberg (PPS) com 8.063 votos, o que corresponde a 44,47% dos votos válidos.
Larga Vantagem
Em Cajati, no Vale do Ribeira, o prefeito eleito foi Luiz Koga, do PSDB. Ele obteve o maior percentual de votos do Brasil, 98,12% dos votos válidos.
Empate
Em duas cidades brasileiras, o critério de desempate para prefeito foi a idade. Em Bananal (SP), Peleco (PSDB) e Mirian Bruno (PV) somaram 1.849 votos cada, mas Miriam é quem foi eleita. O caso se repetiu em Balsa Nova (PR), com Marcos Antonio Zanetti (PDT) e Luiz Cláudio Costa (PMDB) que somaram 3.869 votos – Luiz Costa foi eleito por ser mais velho.
Vantagem de 1 voto
Disputas acirradas ocorreram em Exu (PE), onde Léo Saraiva (PTB) foi eleito com vantagem de apenas 1 voto: 10.023, contra 10.022 de Jaílson Bento (PSB). Mesma diferença foi verificada em Correntes-PE – Edimilson da Bahia (PSB) recebeu 4.621 votos, e Júnior (PR), 4.620. Em Caiçara (PB), Cícero (PSB) recebeu 2.736 votos, contra 2.735 de Bola (PMDB).
Derrota em apenas uma zona eleitoral
Reeleito prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) só foi derrotado em uma zona eleitoral da cidade. Ele ficou atrás de Marcelo Freixo (PSOL) na 16ª zona eleitoral, em Laranjeiras. Freixo somou 15.904 votos, ou 48,26% dos válidos. Paes ficou com 14.404 votos (43,71%).
Prefeito colombiano
O candidato do PP Carlos Amastha, empresário colombiano do ramo de shoppings que se naturalizou brasileiro, foi eleito prefeito de Palmas, capital do Tocantins. Amastha obteve 59.680 votos (49,65% do total). Marcelo Lelis ficou em segundo, com 51.979 votos (43,24%).
Disputa entre irmãos
A disputa envolvendo dois irmãos na eleição para prefeito de Casserengue (PB) foi decidida por uma diferença de apenas 152 votos. Carlinho (PSD) obteve 2.208 votos, ou 51,78% dos válidos, contra 2.056 de seu irmão Orlando da Galinha (PSDB).
Nomes quase iguais
Após provocarem confusão por causa da semelhança de seus nomes, os candidatos Silvânio Barbosa (PSB) e Silvania Barbosa (PPS) se elegeram para a Câmara Municipal de Maceió (AL). Silvânio recebeu 10.321 votos, sendo o segundo mais votado na eleição. Silvania conquistou uma vaga com 4.631 votos.
Abstenção
No 1º turno destas eleições, 22,73 milhões de eleitores não compareceram às urnas para escolher um candidato, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, o nível de abstenção chegou a 16,41% dos 138,5 milhões de eleitores do país.
Prefeito padre
O município de Maués, a 356 km de Manaus, vai ter, a partir do dia 1º de janeiro de 2013, o primeiro prefeito padre do Amazonas. O candidato Padre Carlos (PT) venceu a disputa majoritária em Maués com 7.621 de votos (35,17%), com mais de 10% de folga para o segundo colocado, Júnior Leite (PDT), que teve 5.438 votos (25,09%), de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral.
69 Dilmas
Das 69 candidatas a vereadora que usaram o nome de “Dilma” na urna nas eleições municipais, apenas duas foram eleitas. Em Pedra Mole (SE), Dilma (PMDB) foi eleita com 176 votos e terminou em quinto entre os candidatos mais votados na cidade sergipana. Outra candidata chamada Dilma (PRB) foi eleita em Mirangaba (BA).
Com informações do G1 e do TSE
1 comentário em “Rapidinhas sobre as curiosidades ocorridas nas eleições 2012”
Zé Dudu, esqueceram de registrar que no Pará uma candidata Dilma também se elegeu. Trata-se da prefeita eleita de Belterra (oeste do Pará), eleita com 25 votos de diferença em relação ao seu opositor, do DEM, Dr. Macedo.