Cerca de 300 pessoas participaram, na manhã desta quinta-feira (27), da 1ª caminhada “Setembro Amarelo”, um grande chamado à prevenção ao suicídio, uma campanha de prevenção, iniciada em 2015. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Segundo a coordenadora de Educação e Saúde, Malkedes Borges, a caminhada tinha como objetivo chamar atenção da população, voltada ao combate ao suicídio. “Hoje, 27 de setembro, nós, da Secretaria de Saúde, junto com a Secretaria de Educação e Assistência Social, desenvolvemos esta 1ª caminhada de combate ao suicídio, que tem como objetivo alertar a população quantos aos sinais e sintomas desta doença que vem afetando nossos jovens”.
A campanha foi desenvolvida com todos os profissionais da Saúde e a comunidade, onde alertaram que a depressão é uma realidade em muitas famílias e toda a equipe vem trabalhando, com profissionais eficientes e o apoio da gestão municipal, a fim de diminuir esses problemas no município. “Reunimo-nos no Espaço Cultural na Avenida Brasil, de lá saímos às ruas, tivemos apoio da Fic, Fesar, Quebrando Silêncio e o departamento do Caps. Tivemos também a presença de psicólogos, que chamaram atenção da população em relação ao suicídio, que é um caso serio e, infelizmente, tem aumentado em todo o Brasil”.
Marinalva Santos tem 48 anos de idade e perdeu um filho em 2017. Ela está fazendo acompanhamento com psicólogos, pois estava com começo de depressão. “Eu não podia fica sozinha em casa. Eu sentia vontade de me enforcar, pensava em cortar meus pulsos, me sentia sozinha, meus familiares me levaram ao psicólogo. Eu não comia, ficava recuada nos cantos, só chorando, pois tinha acabado de perder um filho”, relatou. Hoje ela está bem melhor e segue no tratamento.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o 8º país com mais suicídios no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, em 2016 foram registrados 11.433 mortes, sobre tentativas, envenenamento, intoxicações foram registradas em 2017, 26.551 casos.