Roberto Carlos – 50 anos de sucesso

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Roberto Carlos

Roqueiro, bossa novista, romântico. Em 50 anos de carreira Roberto Carlos emprestou sua voz a muitos gêneros, até se tornar o mais popular cantor brasileiro de todos os tempos. É o único Rei. Confira esta trajetória clicando no leia mais.

1941 – 1960 – Após infância em Cachoeiro do Itapemirim, Roberto vai para o Rio e descobre o Rock:

O caçula do casal Braga

O mais popular cantor brasileiro de todos os tempos, Roberto Carlos Braga, nasceu no dia 19 de abril de 1941, em Cachoeiro do Itapemirim, pequena cidade no interior do Espírito Santo. Zunga, apelido que recebeu na infância, foi o quarto e último filho do relojoeiro Robertino Braga e da costureira Laura Moreira Braga. Nos primeiros anos de vida, Roberto dividia seu tempo entre brincadeiras de rua, banhos de cachoeira e pescarias com o pai e os irmãos Lauro e Carlos Alberto. Tinha ainda uma irmã, Norma. A família morava em uma rua sem saída nem calçamento, em uma “casa realmente simples, com três quartos, uma sala e um quintal”, segundo descrição do próprio Roberto. Mais tarde, passou a frequentar o colégio Cristo Rei. Dessa época, vem o medalhão do Sagrado Coração de Jesus – presente de uma professora – que estampou tantas vezes o peito do cantor.

O acidente

Um dos episódios mais dramáticos da vida de Roberto é o acidente que provocou a amputação de sua perna direita, aos 6 anos. A falta de uma versão do cantor – ele não fala do assunto – deu margem a inúmeras narrativas. No livro Roberto Carlos em Detalhes, biografia proibida no Brasil desde 2007, Paulo Cesar de Araújo diz que o acidente aconteceu quando Roberto assistia a um desfile à beira da ferrovia de Cachoeiro. Uma professora teria chamado a atenção das crianças para que se afastassem dos trilhos, mas o grito assustou Roberto, que caiu e teve a perna prensada pelas rodas do trem. Na canção O Divã, ele faz referência ao desastre: “Relembro bem a festa, o apito/ e na multidão um grito/ o sangue no linho branco”.

Enfim, a música

As primeiras noções musicais foram apresentadas ao jovem Roberto pela mãe, dona Laura. O conhecimento seria mais tarde aperfeiçoado no Conservatório Musical de Cachoeiro, em aulas de piano e violão. Com apenas oito anos, ele já queria cantar no rádio, em um programa matinal que promovia concursos entre cantores mirins. Dona Laura, grande incentivadora da carreira do menino, vestiu-o com um terninho feito sob medida por ela mesma e o levou à Rádio Cachoeiro de Itapemirim, prefixo ZYL-9, para fazer sua estreia. Roberto cantou o bolero Amor y más amor e foi não só o intérprete mais aplaudido, como pouco depois passou a fazer parte do quadro de músicos da emissora. “Nunca fiquei tão nervoso na minha vida”, revelaria anos depois. Naquela época, seu grande ídolo era Bob Nelson, artista do qual imitava os gestos, as roupas de cowboy e o jeito de cantar músicas country em português.

Rock in Rio

Alguns anos depois da primeira apresentação na ZYL-9, Roberto já tinha planos ambiciosos para a carreira. Um deles era emplacar canções nas emissoras de rádio cariocas. Assim, quando seus pais decidiram morar em Niterói, ele deu pulos de alegria. A mudança, porém, demorou a se realizar e o jovem cantor, sem aguentar a espera, decidiu partir antes da família. Em 1952, aos 11 anos, foi morar na casa de tia Amélia, a Dindinha. Em 1955, o resto dos Braga chegou ao Rio. Naquela época, o rock já era uma febre entre os jovens americanos. Não demorou muito, o som de Elvis Presley, Little Richard e Chuck Berry chegou ao Brasil. Roberto, assim como grande parte da juventude carioca, ficou absolutamente tomado pelo novo ritmo. Quando o conterrâneo Carlos Imperial o chamou para participar, na televisão, do programa Clube do Rock, ele já cantava, com desembaraço, canções como Tutti Frutti.

The Sputniks

Nos corredores da TV Tupi, quando ia participar do programa Clube do Rock, Roberto conheceu aquele que seria um de seus grandes parceiros: Erasmo Carlos. Na época, a identificação entre os dois se fez pelo amor ao rock. Foi através de Erasmo que Roberto conheceu uma turma que se encontrava em frente ao Bar Divino, na Tijuca, formada por pessoas que amavam a música tanto quanto ele. Dessa amizade, nasceu o quarteto The Sputniks. A primeira apresentação do grupo aconteceu em dezembro de 1957. No entanto, os desentendimentos entre dois membros, Roberto e Tim Maia, levaram a banda a se desintegrar antes mesmo da gravação da primeira música. Segundo versões que correram à época, o clima entre os dois nunca foi dos melhores e, depois de um ensaio em que Tim chamou sua atenção inúmeras vezes, Roberto decidiu seguir carreira solo.

Garoto Bossa Nova

Em 1959, Roberto conheceu outro ritmo que influenciaria sua carreira: a bossa nova. Ao conseguir seu primeiro emprego, como crooner na boate do Hotel Plaza, em Copacabana, só cantou samba-canções e músicas de seu ídolo, João Gilberto. O trabalho era bom, mas seu sonho era gravar um disco. Com a ajuda de Carlos Imperial, e com uma carta de Chacrinha, assinou com a Polydor. Seu primeiro compacto foi um fracasso e a gravadora rescindiu o acordo. Imperial, então empresário de Roberto, não desistiu e conseguiu um contrato com a CBS. Lá, Roberto gravou outro compacto, com Brotinho Sem Juízo e Canção do Amor Nenhum. O disco não foi nenhum sucesso, mas promoveu o cantor

1961 – 1967 – Roberto finalmente encontra um estilo próprio, lança a Jovem Guarda e é aclamado Rei:

Chachachá

No início dos anos 60, Roberto ainda não tinha encontrado uma linguagem musical própria. Depois de passar por ritmos como o bolero e a bossa nova, arriscou-se, por sugestão de Roberto Corte Real, diretor da CBS, no chachachá. O álbum com canções no novo estilo alcançou um pequeno sucesso. Meses depois, em agosto de 1961, a gravadora decidiu colocar no mercado um LP com algumas músicas inéditas e outras já lançadas em compactos. Louco Por Você vendeu apenas 500 cópias e hoje é item de colecionador. O fracasso deixou Roberto desanimado. Erasmo, em homenagem a seus dois melhores amigos, Roberto e Imperial, decidiu trocar o sobrenome Esteves por Carlos. Roberto ainda protestou, mas não teve jeito.

Splish Splash

As dúvidas se foram em 1963, ao Roberto optar pelo rock e lançar o quarto disco, Splish Splash. Gravado com a banda Renato e seus Blue Caps, o álbum alcançou o topo dos mais tocados nas rádios. O sucesso levou Roberto à TV e a uma legião de fãs. Os anos seguintes seriam uma sucessão de estouros, com músicas que se tornaram clássicos, como Parei na Contramão, de 1963, e É Proibido Fumar, de 1964. A essa altura, a presença de Roberto era disputada pela mídia, o que o obrigou a contratar o empresário Marcos Lázaro. O compacto extraído do LP É Proibido Fumar assumiu o topo do Ibope, passando Twist and Shout, dos Beatles – grupo, aliás, que influenciou muito Roberto e o rock brasileiro.

Coroado rei

No fim de 1964, Roberto ganhou, das mãos de Hebe Camargo, o Troféu Roquette Pinto, na categoria cantor revelação pelo disco É Proibido Fumar. A cerimônia aconteceu no Teatro Record e foi transmitida em rede nacional pelas Emissoras Unidas. Em 1965, ele lançou o compacto que trazia Historia de Um Homem Mau, versão de canção do americano Louis Armstrong. O álbum não alcançou o êxito dos discos anteriores, mesmo tendo chegado ao 5º lugar no Ibope. De qualquer forma, Roberto já era o maior ídolo dos jovens brasileiros. O título de rei da juventude, recebido no programa do Chacrinha, no ano seguinte, apenas confirmou o que todos já sabiam. Foi sua mãe, Lady Laura, que o coroou nesse dia. Logo, Roberto deixaria de ser rei da juventude para ser simplesmente o rei.

Jovem Guarda

Em agosto de 1965, a TV Record estreou nas tardes de domingo algo que se tornaria um grande sucesso, o programa Jovem Guarda. Para comandar a atração, a emissora contratou Roberto Carlos, o rei, Erasmo Carlos, o tremendão, e Wanderléa, a ternurinha. Um mês após ir ao ar, Jovem Guarda já detinha 40% da audiência do horário, não demorando a chegar à liderança, onde permaneceu durante os dois anos seguintes. A agência MM&P rapidamente percebeu o poder que o trio exercia sobre os adolescentes e lançou a linha de produtos Calhambeque, que trazia roupas e adereços que se tornaram obrigatórios para os jovens da época. Nesse período, a música Quero que Vá Tudo para o Inferno estourou nas paradas de sucessos. Além de Roberto, Erasmo e Wanderléa, o programa consagrou artistas como Martinha, Os Vips, Eduardo Araújo, Silvinha e Leno e Lilian.

Na telona

A paixão de Roberto pelos automóveis inspirou uma trilogia de filmes dirigida por Roberto Farias. O primeiro longa, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, começou a ser gravado em 1967. A obra, visivelmente inspirada nos filmes estrelados pelos Beatles, é uma mistura de comédia e aventura. O filme foi sucesso de bilheteria e ficou em cartaz por três meses. Em 1968, ano da estreia de Ritmo de Aventura, Roberto começou a gravar o segundo longa: Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa. Os cantores Erasmo Carlos e Wanderléa também participaram do filme, que teve parte de sua trilha sonora escrita por Tim Mais e Luís Carlos Sá. Em 1971, é lançado o terceiro e último filme da série: A 300 km por hora, o único em que Roberto não interpreta ele mesmo. Desta vez, o rei aparece como Lalo, um mecânico que sonha em um dia ser piloto de Fórmula 1.

Inimitável ou alienado?

Em 1968, enquanto os estudantes saiam às ruas para protestar contra o endurecimento da ditadura militar, Roberto Carlos se concentrava na gravação de seu novo LP, sem se envolver nos conflitos da época. A atitude revoltou muitos intelectuais, que cobravam do rei uma postura política mais ativa. Alguns chegaram, inclusive, a acusá-lo de alienado. Em dezembro daquele ano, Roberto lança O Inimitável. Tanto o nome do novo disco como a foto que ilustrava a capa geraram discussões. A CBS, porém, não estava muito preocupada. “O Roberto vende tudo que grava”, diziam. Em relação ao nome, a gravadora disse que era necessário, pois muitos artistas estavam “pegando carona” na fama do rei. Ainda em 1968, Roberto estrelou no comando de dois outros programas da Record: Roberto Carlos à Noite e Todos os Jovens do Mundo.

1968 – 1981 – Roberto experimenta a vida em família e, na música, o romantismo. Consagrado no Brasil, lança-se no exterior:

Casamento e Roberto II

Em 1968, Roberto Carlos casou-se com Cleonice Rossi, um ano mais velha do que ele, desquitada e já mãe de uma filha. O romance veio à tona pouco antes da cerimônia, porque na época acreditava-se que o artista que casava perdia as fãs – que não poderiam mais imaginar ocupar o lugar ao lado do ídolo. Assumido o casamento, no ano seguinte a mulher do cantor deu à luz Roberto Carlos II, o segundinho ou Dudu Braga, como ficaria conhecido. O menino nasceu com glaucoma congênito e foi submetido a cirurgias que o fizeram recuperar parte da visão. O episódio, segundo pessoas próximas ao cantor, acentuou sua religiosidade. Os sucessos Como é Grande o Meu Amor por Você e As Flores do Jardim da Nossa Casa foram compostos em homenagem à Nice e a Segundinho, respectivamente.

Longe do Tremendão

Logo no início de 1969, o programa Jovem Guarda saiu do ar e a parceria entre Roberto e Erasmo Carlos – já interrompida em 1966, quando Erasmo recebeu da TV Record o troféu “Destaque de Compositor” – tomou novo rumo. Em homenagem a Erasmo, a emissora preparou um pot-pourri que trazia canções como Parei na Contramão, Quero que Vá Tudo pro Inferno e Festa de Arromba, sem, no entanto, fazer menção à participação de Roberto nas composições. Isso teria aborrecido Roberto, porque teria reforçado a idéia de que ele era apenas o intérprete das canções criadas pelo parceiro. Em 1967, os dois ainda tentaram retomar o trabalho em conjunto ao criarem Eu Sou Terrível. No ano seguinte, já em carreira solo, Roberto venceu o festival de San Remo, na Itália, interpretando Canzone Per Te.

Showman romântico

Na década de 1970, o empresário do rei, Marcos Lázaro, decidiu que era hora de Roberto trazer novidades a suas apresentações. Lázaro acreditava que o cantor poderia brilhar mais se tocasse acompanhado por uma big band. A apresentação, comandada por Luís Carlos Miele e Ronaldo Bôscoli no Canecão, no Rio, foi um sucesso e o primeiro passo para a afirmação de Roberto como showman. Em 1971, ele se firmaria como cantor romântico, deixando de lado o rock. Na nova fase, as músicas também abordavam temas espirituais, ressaltando a importância da fé. Jesus Cristo é a canção que melhor representa esse período. Em 1971, nasceu Luciana, segunda filha do cantor com Nice.

Arrasa quarteirão

O ano de 1972 marcou a consagração de Roberto como um dos principais artistas do cenário musical brasileiro. Ele foi convidado, pela segunda vez, a participar do festival de San Remo. Dessa vez, porém, os jurados surpreenderam, ao anunciar que a canção que ele interpretara, Un Gatto nel Blu, não estava classificada para as fases finais do concurso. Mesmo sem o prêmio, a fama de Roberto continuou inabalável, tanto que, em seguida, a Rede Globo convidou ele e Erasmo para comporem a trilha da telenovela O Bofe. A essa altura, Roberto já tinha uma trajetória inigualável: acumulava discos de ouro, era o artista que mais vendia álbuns no Brasil, fazia sucesso em outros países, tinha músicas gravadas por diversos cantores e até Caetano Veloso o reverenciava – a canção Como Dois e Dois foi escrita para o rei. Era a consolidação de Roberto como um fenômeno da MPB.

Natal na Globo

Os especiais de fim de ano do rei são televisionados pela Rede Globo desde 1974. A primeira edição do programa, que foi ao ar em 24 de dezembro daquele ano, apresentou Roberto em seu iate, Lady Laura – uma homenagem à mãe –, relembrando sua infância em Cachoeiro do Itapemirim. Erasmo também esteve presente, para cantar Haroldo, o Robô Doméstico. A atração alcançou o maior índice de audiência da emissora no ano. Desde então, tornou-se uma tradição no Natal brasileiro. Nos anos seguintes, o especial contou a participação de cantores da Jovem Guarda e apresentações temáticas, como em 1977, quando Roberto homenageou o futebol e cantou, com Pelé, O Mundo é uma Bola, canção escrita pelo atleta. O especial de 1978 também foi importante na carreira do cantor, pois deu início à longa parceria com o maestro Eduardo Lages.

De mulher nova

A consagração da carreira internacional de Roberto veio em 1979, quando o papa João Paulo II, ao visitar o México, foi recebido por um coro de 120 crianças cantando Amigo. A multidão de 60.000 pessoas no local acompanhou a melodia. O evento foi transmitido ao vivo para todo o mundo e, em junho, a revista americana Newsweek fez uma matéria sobre rei, chamando-o de “fenômeno da música latino-americana”. O cantor e Nice anunciaram o fim do casamento de onze anos e, em dezembro, Roberto assumiu um novo romance, com a atriz Myriam Rios. Em 1981, ele deu um passo ainda maior na carreira internacional, ao lançar seu primeiro LP em inglês, Sail Away. O disco o levou a fazer shows em diversos países.

1982 – 2009 – O Rei reconhece um filho, fruto da relação com uma fã, e vive o maior amor de sua vida – mas também uma grande perda:

Polêmicas

Em 1982, o rei vendeu cinco milhões de discos no exterior, o que lhe rendeu um Globo de Cristal. No ano seguinte, fez a turnê Emoções, uma das mais luxuosas de sua carreira. Dois anos depois, outro recorde: a canção O Caminhoneiro foi executada 3.287 vezes apenas no dia de seu lançamento. Nessa época, ele também começou a acumular polêmicas. Em 1986, enquanto artistas e intelectuais protestavam contra a censura do filme Je vous salue Marie, de Jean-Luc Godard, o rei mandava uma carta ao então presidente José Sarney parabenizando-o pela proibição. E, em 1996, foi condenado por plágio: Sebastião Braga reclamava que a canção O Careta  imitava sua composição Loucuras de Amor.

Mais um filho

O início da década de 1990 foi conturbado para o rei. Ele foi procurado por Rafael Carlos Torres, de 23 anos, e, após realizar um teste de DNA, constatou-se que o rapaz era mesmo filho do cantor, fruto de uma caso com uma antiga namorada, Maria Lucília Torres. Ainda em 1990, o rei se separou de Myriam Rios e viu Nice, sua primeira mulher, morrer. Passada a turbulência, comemorou seu 50º aniversário, com um grande show no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Em 1993, entrou para o livro dos recordes como o cantor brasileiro com mais discos de ouro (18) e de platina (17). Na sequência, montou seu próprio selo musical, o Amigo Records, uma parceria com a Sony Music (ex-CBS). O bom momento foi coroado em outubro de 1997, quando cantou em uma missa rezada pelo papa João Paulo II, no Flamengo. “Foi uma emoção multiplicada, que não dá para descrever”, afirmou o rei.

Um novo amor: Maria Rita

É impossível narrar a trajetória de Roberto na década de 1990 sem falar de Maria Rita. Eles se viram pela primeira vez em 1977 e, segundo o cantor, foi amor à primeira vista. Na época, o relacionamento acabou não acontecendo, pois Roberto era casado e os pais de Maria Rita, uma estudante, não permitiram o namoro com um homem vinte anos mais velho. O romance, porém, se concretizou em 1992. Roberto diz que nunca amou tanto alguém. Maria Rita ganhou inúmeras canções, como Primeira Dama, de 1991. Em 1998, quando ela descobriu um câncer no útero, ele passou a se dedicar exclusivamente a ela – seus discos de 1998 e 1999 têm apenas quatro faixas inéditas. Nesse período, o rei também só fez shows religiosos, entre eles um na Basílica de Aparecida (SP), que reuniu 600.000 pessoas. Em 20 de dezembro de 1999, Roberto perdeu seu grande amor

Do luto ao palco

Apesar de Maria Rita ter dito diversas vezes que não queria que Roberto abandonasse sua carreira por causa dela, ele acabou se afastando dos palcos após a morte da mulher. O reencontro com os fãs só aconteceu no dia 11 de novembro de 2000, quase um ano após a morte de Maria Rita. Na ocasião, em Recife, o rei cantou duas músicas novas: Tu é a Verdade Jesus e Amor Sem Limite, uma homenagem a Maria Rita. Roberto se emocionou diversas vezes diante do público de 10.000 pessoas. Ele engasgou na introdução de Como Vai Você e não conseguiu controlar as lágrimas ao cantar Eu Te Amo Tanto. Durante essa canção, um telão atrás do palco mostrava fotos de Maria Rita. Desde então, Roberto voltou a se dedicar à carreira e, até 2008, gravou oito CDs e cinco DVDs.

Biografia não-autorizada

Em dezembro de 2006, o historiador Paulo César de Araújo lançou, pela editora Planeta, o livro Roberto Carlos em Detalhes, uma biografia não-autorizada do cantor. A obra chegou a estar na lista dos mais vendidos, mas foi logo recolhida: Roberto abrira um processo contra o autor e a editora. Em abril de 2007, o rei passou cinco horas e meia em uma audiência conciliatória, na qual ficou estabelecido que Roberto voltaria atrás no pedido de indenização – fala-se em 10 milhões de reais – e, em troca, a editora entregaria os 10.700 exemplares estocados e ficaria responsável por tirar a biografia das livrarias. Essa não foi a primeira vez que o cantor precisou recorrer a um tribunal para impedir a venda de suas memórias: em 1979, ele conseguiu, na Justiça, que O Rei e Eu, de Nichollas Mariano, seu ex-mordomo, fosse censurada.

50 anos de majestade

Em 2009, Roberto Carlos completa 50 anos de carreira, com uma grande turnê pelo Brasil e também no exterior. O primeiro show, em 19 de abril, será em Cachoeiro do Itapemirim, sua cidade natal. Em julho, Roberto chega ao estádio do Maracanã, onde deverá reunir 70.000 fãs. Ao longo de sua trajetória, Roberto vendeu mais de 50 milhões de discos e conquistou uma legião de fãs, pessoas de todas as idades e classes sociais. Tamanha é a majestade de Roberto que cantores dos mais diferentes estilos musicais se renderam às suas composições e as regravaram, como Tim Maia, Nara Leão, Jota Quest, Titãs, Babado Novo, Chiclete com Banana e Daniela Mercury.

 

Fonte: veja.abril.com.br

17 comentários em “Roberto Carlos – 50 anos de sucesso

  1. rita de cassia silva Responder

    meu marido e um dos inumeros fans do roberto e gostaria muito que o dudu falasce com ele de manha pois nao perde o seu programa e gostaria de oferecer uma musica o gosto de tudo que foi com essa musica que começamos a namorar a 28 anos atras o nome dele e fernando e eu sua esoosa rita

  2. Josimário Nogueira de Melo Responder

    Fui ao show e presenciei algo que nunca mais esquecerei tenho 26 e fui acompanhando minha mãe e junto foi minha namorada, nunca fui fã de carterinha do rei, ouvia algumas músicas porque minha mãe é fã, mas sábado à noite aconteceu algo que com certeza marcará minha vida, estava na arquibancada e a chuva começou a cair, as luzes do show, a voz do rei e o som perfeito criou uma mágica que nunca vi em outros shows, olha que já fui em vários, de rock, págode, sertanejo até o da Madona sou bem eclético, a chuva caindo, o rei cantando e as luzes criou um momento mágico, comecei chorar, beijei minha namorada com tanta vontade como nunca havia beijado. Foi maravilhoso, realmente foram tantas emoções.

  3. Anônimo Responder

    Nos anos 60. Não lembro exato o ano. Roberto Carlos esteve em Recife, e desfilou pela av. Boa Viagem. Uma amiga me falou, mas queria tirar essa dúvida

  4. raquel yalla Responder

    par
    abens roberto carls por seus 50 anos de careira… pois vc mereci tudo isso e muito mais… pelo que vc tem feito pela á cultura brasileira atraves da musica popular brasileira com suas belas composiçoes que encantam do publico mais jovem a publico ao publico velho! deste país tão sofrido que carega dores tão fortes na alma,atravez de tanta impunidade… ass: RAQUEL E ANTONIO CARLOS

  5. reginaluciadaconceição Responder

    ro meus parabens pelos 50anos de carreira e hoje relembro as musicas que tocava nos bailes da casa de minha sogra no qual me apaixonei pelo meu marido hoje ouço as canções que voce fez esão tantas emoções beijos de sua fã que cresceu num colegio interno te ouvindo.

  6. carlos alberto szember Responder

    ouvir falar de roberto carlos e sempre uma nova emocao reviver relembrar momentos tao marcantes em nossa vida ouvindo as musicas do rei roberto carlos em cada fase de nossa vida todas as suas cancoes marcaram cada momento cada ano de minha vida suas cancoes sao historias de minha vida minha infacia minha adolecensia meu casamento o nascimento dos meus filhos eu vivo roberto carlos e vou morrer ouvindo roberto carlos e eternamente ele estara em minha vida pra sempre as musicas que mais marcaram minha vida ate o dia de hoje se eu partir, por amor, agora eu sei,o shou ja terminou,a palavra adeus,amada amante a distancia, ana atitudes a cigana detalhes despedida resumo sao tantas que aqui seria impossivel descrevelas roberto que deus abencoe seus cinquenta anos de carreira brilhante que marcaram os meus 56 anos de vida que foram tantas emocoes.

  7. Edmilson José de Almeida Responder

    Eu tambem assistí a tragetória do Roberto,desde Junho de 1965.Quando ouví pela primeira vez a canção; quero me casar com tigo lá no paraná e depoios continuei acompanhando seu programa, jovem guarda já em sp.Velhas tardes de domingos quantas alegrias em Roberto? Abraço……..

  8. VALDECIDES Responder

    ROBERTO CARLOS É E SERÁ O MAIOR CANTOR BRASILEIRO DE TODOS OS TEMPOS E SEM DÚVIDAS UM DOS MAIORES DO MUNDO AO LADO DE ELVIS PRESLEY, BEATLES E OUTROS MAIS. NA REALIDADE ROBERTO JÁ VENDEU MAIS DE 100 MILHÕES DE DISCOS EM TODO MUNDO E NÃO 50 MILHÕES COMO CONSTA NO SITE.

  9. Heliomar Melo Responder

    O carinho por ele e unanime. Me pareco um pouco ele. Sempre que tem shows dele,alguem comenta comigo. Dizem que pareco filho dele. Mas nao sou. Nao acha que parecia com ele.Um dia eu estava andando na Cinelandia no centro do Rio de janeiro, e vi um monte de capas de LP no chao. E vi a foto dele quando era mais jovem. E ai me achei parecido. Um prazer meu ter uma semelhanca com ele. Um carinho especial para o Roberto Carlos!!!

  10. Zé Dudu Autor do postResponder

    Obrigado pelo comentário El Cid, Roberto é mesmo o rei e essa coroa parece que não mudará de cabeça, pelo menos por enquanto.

  11. El Cid Responder

    Também sou seu fiel súdito. Ele merece toda nossa admiração e respeito. Grande artista, grande ser humano.

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