O projeto Bauxita Rondon, da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, terá aporte de investimentos da ordem de R$ 2 bilhões. A notícia divulgada pelos principais veículos de comunicação do setor de mineração e econômico causou expectativa no município de Rondon do Pará, no sudeste paraense.
De acordo com o site Diário do Comércio, “a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) anunciou um pacote de investimentos de R$ 4 bilhões até 2025 para ampliar a capacidade de produção de alumínio e aumentar a exploração de bauxita”.
Os recursos foram captados em sua oferta pública inicial (IPO), realizada no mês passado, no novo mercado da B3. A Reportagem entrevistou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Rondon do Pará, Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Dom Eliseu e Ulianópolis (Sindloja), o sindicalista Itamar Silva, que à época do início do projeto, em 2012, esteve à frente da Associação Comercial e Industrial de Rondo do Pará.
“Nossa expectativa tem mais de 10 anos, desde quando a Votorantim começou a exploração da área. Essa notícia não é o que a gente imaginava, pois esperávamos a planta de alumina, mas, dos males o menor. Neste caso não teremos a fábrica de transformação”, diz.
Segundo ele, essa é a primeira mina a ser explorada no município Rondon do Pará, e “com certeza vai dar um boom no crescimento econômico a partir no início da operação, principalmente com a geração de royalties”.
Itamar acredita que a exploração mineral no município de Rondon do Pará ocasionaria aumento populacional e necessidade de investimentos em infraestrutura. “Não estamos preparados para enfrentar em curto prazo as duas situações. E vamos estar trabalhando no sentido que royalties gerados possam ser aplicados no desenvolvimento de Rondon do Pará, em novas oportunidades de geração de renda. Já pensávamos nisso desde 2012”.
De acordo com a Revista Mineração, o projeto “Projeto Bauxita Rondon” já tem todas as licenças prévias concedidas, as reservas auditadas e agora, está na fase de viabilização do projeto.
A capacidade de extração, prevista no projeto, é de até 18 milhões de toneladas por ano, e pode atender mercados como a China e países do Oriente Médio. Segundo o presidente da companhia, Ricardo Carvalho, “a expectativa é, na primeira fase, produzir 4,5 milhões de toneladas por ano e podemos aumentar a produção em módulos de 4,5 milhões de toneladas, até chegar a capacidade de 18 milhões anuais”.
Os investimentos previstos de R$ 2 bilhões são para todo o projeto de bauxita e considera o desenvolvimento de mina e a parte logística. De acordo com o executivo da empresa, já existe um diálogo com a VLI, que administra a Estrada de Ferro Carajás, para o escoamento da produção na ferrovia, e também a ideia de construir um terminal no Porto de Itaqui para a exportação da bauxita.
(Antonio Barroso com informações do Valor)