RECEITA ESCALAFOBÉTICA
Já é possível dizer que a receita arrecadada pela Prefeitura de Parauapebas em dez meses (de 1º de janeiro a 31 de outubro) é “uma coisa do outro mundo”, tamanha a surrealidade de seu gigantismo. Nem nos melhores delírios de eufemismo talvez se imaginasse viver o apogeu financeiro do momento atual: são R$ 2,347 bilhões em arrecadação bruta e, efetuadas todas as deduções legais, o prefeito Darci Lermen teve à disposição em dez meses R$ 2,262 bilhões para gastar. Tudo isso tem um porquê: a loucura no universo paralelo do mercado do minério de ferro, na China, onde a cotação chegou a 233 dólares por tonelada em maio — nesta segunda, contudo, a cotação estava em 104 dólares. É dinheiro para mais de metro e suficiente para bancar muitos municípios brasileiros com 500 mil ou 1 milhão de habitantes. Hoje, só 32 prefeituras conseguem arrecadar mais que o governo da Capital do Minério. O Blog do Zé Dudu cantou a pedra em janeiro deste ano, acertando, inclusive, valores e datas.
CURSOS SUPERIORES
O Instituto Federal do Pará (IFPA) despejou sobre Parauapebas 80 vagas em dois novos cursos de graduação regulares. Já estão abertas as inscrições (veja aqui) para 40 cadeiras no curso de Engenharia Ambiental e 40 no curso de licenciatura em Geografia, que devem se iniciar no ano que vem. O IFPA prometeu e cumpriu; internamente, a instituição trabalha para trazer mais novidades. A Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) é outra que também merece mérito por ter conseguido, a duras penas, o difícil curso de Enfermagem. Já a Universidade do Estado do Pará (Uepa), que enrolou Parauapebas durante mais de uma década e só este ano trouxe três cursos de graduação (Matemática, Biologia e Engenharia de Software), ainda não anunciou novidade alguma para o ano que vem e parece que não vai anunciar.
DIA DE FINADOS
Nesta terça (2), milhares de parauapebenses devem ir aos cemitérios da cidade visitar o túmulo de entes queridos. Mas você tem ideia de quantas pessoas já foram sepultadas em Parauapebas desde que o município foi emancipado em 1988? O Blog garimpou dados do acervo histórico do Ministério da Saúde — a fonte mais confiável — para responder a essa questão. E os números apontam um volume de 13.054 óbitos de 1988 a agosto de 2021. Numa “tradução livre”, a quantidade de pessoas mortas e enterradas em Parauapebas seria suficiente para erguer um cemitério do tamanho da vizinha cidade de Curionópolis, que tem cerca de 13 mil habitantes na área urbana.
DIA DE FINADOS (2)
Na série levantada pelo Blog, os anos de 1993 e 1996 foram os que registraram menor número de óbitos e, consequentemente, sepultamentos: 109 em cada ano. No entanto, no ano passado foram computados 945 óbitos, número recorde, de acordo com o Ministério da Saúde. Este ano, apenas em hospitais da rede pública, foram 288 óbitos computados de pacientes que estavam internados no período de janeiro a agosto. O número certamente é maior porque os dados ainda não consideram ajustes de sistema, bem como mortes ocorridas em locais que não as unidades públicas de saúde.
AGITAÇÃO NA PREFEITURA
O retorno do feriado na próxima quarta (3) promete, nos corredores da Prefeitura de Parauapebas. É que o governo tem três licitações para conferir propostas, e cada licitação junto à endinheirada administração é momento de euforia, corre-corre, bate-cabelo e ameaça de judicialização de processo por parte dos licitantes. A compra mais “baratinha” do dia será a de tinta de impressora, estimada em R$ 716 mil pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), organizadora do pregão. Já a Secretaria Municipal de Turismo (Semtur) quer usar salgados R$ 2,18 milhões, também via pregão, para comprar material gráfico turístico. Mas a grande expectativa do dia vem da Secretaria Especial de Governo (Segov), que abriu concorrência para construir a primeira etapa do projeto Florindo o Mundo, orçado em R$ 5,136 milhões.
COVID-19
Os casos de contaminação pelo Sars Cov 2 (novo coronavírus), que provoca a covid-19 continuam e stáveis em Parauapebas. Nos últimos sete dias (25/10 a 31/10) foram contabilizados 22 novos casos, sem mortes registradas. No total, Parauapebas já tem 56.824 casos de pacientes infectados pelo vírus, além de 496 óbitos registrados. Já são 56.273 os recuperados pelo sistema de saúde local. A taxa geral de ocupação de leitos no município (atualizada às 9h52 desta segunda-feira) está em 11%, sendo que leitos de enfermaria SUS: 20%; UTI SUS: 30%; enfermarias particulares: 5%; UTI particular: 20%. O atendimento exclusivo para pacientes portadores do vírus acontece no Centro Especializado de Atendimento de Covid-19, anexo ao Hospital Geral de Parauapebas.