Um dos mais ilustres elementos da economia faz aniversário hoje, (01). O salário mínimo completa 70 anos e quem faz a festa são os 46,1 milhões de brasileiros que dependem dos R$ 510,00 mensais para sobreviver. Mas antes de apagar as velas, é importante destacar que a fatia do bolo ainda é insuficiente para as despesas básicas do trabalhador.
No Pará, mais de 1,2 milhões de pessoas tem como remuneração máxima o piso salarial, o equivalente a 37% da população ocupada que somadas ultrapassam os 3,3 milhões. Por mês, são injetados na economia paraense cerca de R$ 57 milhões originados dos gastos dessa faixa financeira. São R$ 729 milhões por ano, movimentados pelos trabalhadores que ganham o salário mínimo.
De acordo com um estudo do Dieese-PA, o valor justo para que o trabalhador gaste com a família com itens fundamentais como alimentação, transporte, produtos de higiene, moradia, previdência, saúde e lazer seriam de R$ 2.159, 65 ou 4,2 vezes mais que o salário mínimo atual. Conforme a pesquisa do Dieese, apenas para comprar os 12 componentes de uma cesta básica no Estado, o trabalhador empenhou pelo menos R$ 215, 72 do salário base atual, cerca de 45,98% deste.
O Dieese ainda que desde o lançamento do Plano Real, em 1994, o salário mínimo jamais conseguiu comprar a cesta básica para aplacar a fome de todos os membros de uma família típica paraense, formada por dois adultos e duas crianças. Para ser capaz de alimentar os quatro membros, o trabalhador precisaria dispor de R$ 647,16 por mês, o equivalente a 1,2 salários mínimos.
Dos milhares de habitantes dependentes do salário mínimo no Estado, cerca de 660 mil pertencem ao sexo masculino. Em uma escala de meio salário mínimo a mais de 20 salários avaliadas pela pesquisa, a categoria onde existem mais trabalhadores do gênero é a que está situada entre 1 e 2 salários. Com as mulheres, a situação é pior: Entre as 1,2 milhões de trabalhadoras, 38,92% da população sondada recebe entre meio e um salário mínimo, o que representa 390.490 pessoas do sexo feminino.
Para aposentada e ex-professora de geografia da rede pública, Miriam Feio, de 60 anos, o poder de compra do trabalhador que recebe o salário mínimo diminuiu. ‘Antes, as pessoas com um piso salarial eram capazes de comprar pelo menos um barraco para morar e aos poucos conseguiam construir uma casa ao longo do tempo. Atualmente, não dá para se alimentar ou pagar transporte até o final do mês’, acredita.
Fonte: ORM
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2 comentários em “Salário mínimo faz 70 anos hoje”
uma vergonha, esse salário para os trabalhadores e aposentados que ganhavam e contribuiam, e esse PT prometeu tanto, mas acabou só os políticos sendo os previlegiados.
FORa PT do PODER, que não é seu, é dos brasileiros, quem acreditou nesse cara, deve estar arependido.. conheço a história desse e do sindicato que arruinou muitos mpresários. Eu vi c omo eles iam nas metalurgicas, fazendo baderna e bebados. Agora os pobres estão cada dia mais pobres. acordem povo vamos mudar todos eles, e acabar com reeleição, senão os que entrarem, serão alunos dos veteranos.E a podridão vai continuar.
vejo que só o dieese, veem falando e mostrando a verdade sobre o salario minimo e a economia real, mais neste mundo quem a verdade fala e mostra ,não é visto de bons olhos pelos governantes, mais tenha certeza de que a internet irá nos ajudar muito. eu conheço muito bem o dieese ,que é uma fonte riquissima de documentos a respeito do salario minimo desde seu lançamento até hoje,e como vem dizendo sempre o salario minimo hj seria de 2.139,00, mais ngm ve isso e passa bem longe,nós vamos melhorar isso,pq estamos entrando em uma decada de concientização e isso é muito bom para acabar com a fome,pobreza e medo de ser feliz.