Uma equipe de Polícia Civil da Delegacia de Santana do Araguaia, no sul do Pará, agiu rápido e impediu o avanço de uma ocupação na Área de Proteção Permanente (APP) da Fazenda Campo Alegre, localizada no município Os invasores já tinham desmatado uma parte da área e começavam a erguer barracos, que foram destruídos.
A operação, sob o comando do delegado Diego Máximo, foi realizada na tarde deste domingo (22). Segundo o delegado, por volta de 14h, eles receberam a informação de que, na última sexta-feira (20), vários sem-terra iniciaram uma “corrida” para lotear e construir barracos na área de preservação do Rio Campo Alegre, pertencente à Fazenda Campo Alegre.
Imediatamente, ele e outros policiais se deslocaram até a área e flagraram dois homens, com as suas respectivas famílias, cada um erguendo barracos na APP, além de outras cinco estruturas em andamento. Eles foram presos e autuados em flagrante pelo crime de esbulho possessório.
De acordo com Diego Máximo, um deles pertence a uma extensa família tradicionalmente conhecida pelo envolvimento em grilagem de terra. Os sete barracos encontrados sendo erguidos foram destruídos.
O delegado requisitou a elaboração de um minucioso relatório à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santana do Araguaia (Semma), com a utilização de drone, para mapear toda a margem do rio a fim de identificar outras construções e viabilizar a responsabilização criminal dos invasores pelos danos ambientais cometidos.
Máximo informa ainda que, paralelamente a isso, instaurou um inquérito policial para expandir a investigação, com o objetivo de identificar os responsáveis pelas demais construções, as eventuais lideranças e o nível de organização e estruturação deste grupo, para monitorar e, assim, se antecipar e impedir atos de grilagem em Santana do Araguaia.
Ele ressalta que ainda será investigado se os invasores têm alguma ligação com os membros da associação criada pelos grileiros que tentavam ocupar a Fazenda Ouro Verde, também localizada no município.
Tina DeBord