Dois caminhões transportando madeira ilegalmente foram apreendidos na cidade de Santana do Araguaia, no sul do Pará. Ao todo, foram apreendidas 18 toras de madeira, que iriam ser beneficiadas em uma serraria do município.
A apreensão foi realizada na noite desta sexta-feira (27). De acordo com o delegado Diego Máximo, Titular da Delegacia de Polícia Civil de Santana do Araguaia, primeiro foi flagrado um caminhão, que foi abordado por uma equipe de policiais civis na BR-158.
O caminhão estava com nove toras de madeira e o motorista admitiu que não possuía a Autorização para Transporte de Produto Florestal (ATPF). Ele foi conduzido até a Delegacia, onde, ao ser indagado acerca do destino da madeira, informou que seria entregue em uma determinada serraria da cidade.
Com base nessa informação, Diego Máximo determinou que os investigadores se deslocassem até a mencionada serraria para tentar localizar e apreender um segundo caminhão que, segundo informações colhidas em campo, também estaria transportando madeira para o local, na mesma situação de irregularidade. Ao chegarem à serraria, os policiais encontraram o caminhão carregado também com mais nove toras de madeira, porém o motorista não estava no local.
Informado sobre o fato, ele determinou que os policiais diligenciassem no sentido de identificar e localizar o motorista, que foi encontrado em sua residência. Ele foi conduzido até a Delegacia.
Depois da apreensão, informa o Diego Máximo, o dono da serraria esteve na Delegacia para, em suas palavras, “tentar liberar” as madeiras. Ele, no entanto, não só não obteve êxito, como acabou sendo autuado em flagrante pelo crime ambiental cometido (art. 46 da Lei 9.605/98), juntamente com os dois motoristas dos caminhões.
Os caminhões e as madeiras foram apreendidos e entregues à Secretária Municipal de Meio Ambiente (Semma), mediante auto de depósito, nos termos do art. 25 da Lei 9.605/98. De acordo com o delegado, um inquérito policial específico será instaurado com o objetivo de identificar a origem da madeira, considerando a alta probabilidade de elas terem sido extraídas ilegalmente, cuja conduta é autônoma e de maior gravidade.
Ele também requisitou à Semma perícia nas madeiras para identificar a espécie, a quantidade em metros cúbicos, o seu valor comercial, dentre outros quesitos.
Tina DeBord