Em solenidade realizada na manhã desta segunda-feira (30), foi inaugurada a primeira subestação de energia de Santana do Araguaia. A subestação está conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil.
Com a entrada em funcionamento da moderna subestação, o município, localizado no extremo sul do estado, agora conta com energia firme e de qualidade. Mais de 40 mil pessoas serão beneficiadas com a obra, que desativará a usina a diesel que funcionava como geradora de energia no município e era motivo de reclamação da população pela oscilação constante, que queimava equipamentos eletrodomésticos.
A nova subestação está localizada na Rodovia BR-158, no Loteamento São Joaquim. A solenidade de inauguração contou com a presença do governador Helder Barbalho, que ressaltou a importância da segurança energética na garantia da competitividade e atração de novos investimentos da iniciativa privada para geração de empregos e renda no município.
“Esse é um importante benefício para a população, que vai interferir diretamente no crescimento e desenvolvimento do município e região. Pedimos para a Equatorial que continue investindo em nosso estado, pois vimos o que aconteceu com nossos irmãos amapaenses que ficaram sem energia elétrica e não queremos que isso aconteça aqui. Com esta obra, Santana do Araguaia passa a rodar interligado ao sistema energético de todo Brasil e não mais fica isolado,” destacou o governador.
De acordo com a Equatorial Energia Pará, entre os benefícios da nova subestação estão o aumento da capacidade do fornecimento de energia e segurança no sistema elétrico local. O novo equipamento conta com a implantação de dois transformadores de energia, um com 30MVA e outro com 15MVA de potência.
Juntos, eles abrangem uma potência sete vezes maior do que a antiga subestação, garantindo o abastecimento de energia para até sete vezes mais a quantidade atual de moradores das áreas urbana e rural de Santana do Araguaia, incluindo as áreas de comércio e indústria. Ainda segundo a Equatorial, o investimento total da empresa é de cerca de R$ 24,3 milhões.
Junto à obra da nova subestação de energia, também foi implantada uma linha de transmissão e realizada a modernização na rede de distribuição do município. Segundo o presidente da Equatorial Energia Pará, Marcos Almeida, esta é mais uma obra que mostra o compromisso da distribuidora em trazer mais desenvolvimento para todo o estado.
“Quando nós construímos uma subestação como essa, permitimos que a região dê um salto em qualidade de vida e no seu potencial de investimentos, que só podem ser possíveis quando se tem um sistema elétrico confiável e em constante processo de melhoria,” enfatizou Marcos Almeida.
Além do benefício da energia firme e de qualidade, outro ponto importante é o fim da energia considerada suja, que causava danos ao meio ambiente. Segundo levantamentos, a desativação da usina a diesel vai deixar de lançar no meio ambiente mais de 52 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) todos os anos.
Não apenas Santana do Araguaia, como outras localidades serão beneficiadas pela obra: é o caso do Distrito Barreira do Campo, que pertence ao município, e será diretamente atendido pela nova subestação.
Outra vantagem é que a subestação já está interligada ao Sistema Interligado Nacional. O SIN é um sistema de geração e transmissão de energia elétrica, com tamanho e características que permitem considerá-lo único no mundo. Ele engloba as cinco regiões do Brasil e tem forte predomínio de usinas hidrelétricas, trazendo várias vantagens para a distribuição de energia. Entre elas, o aproveitamento da sazonalidade das chuvas, pois como o período chuvoso se difere nas regiões do país e o sistema de geração é hídrico, é necessário ter um sistema interligado para garantir o equilíbrio de produção e transmissão.
Também é possível citar a confiabilidade no sistema, que diminui as interrupções de energia. Ou seja, nos casos de falha em uma linha de transmissão, o sistema interligado consegue redirecionar a energia para esses pontos ausentes, diminuindo os impactos.
Transmissão
No setor elétrico brasileiro existem as geradoras e as transmissoras, que é por onde a energia vinda de diversos cantos do Brasil passa antes de chegar às distribuidoras. Ou seja, a eletricidade percorre um sistema de transmissão que começa nas grandes usinas até chegar às subestações.
No caso do Pará, a distribuidora é a Equatorial Energia e as subestações da empresa são responsáveis pelo início da distribuição. Elas funcionam como pontos de entrega aos consumidores. Quando essa energia chega às subestações, os transformadores fazem o aumento ou diminuição de tensão para adequá-la ao consumo dos clientes. (Tina Santos – com informações da Agência Pará)