Para aumentar o vínculo mãe e filho e ajudar na recuperação de recém-nascidos prematuros, o Hospital Materno Infantil dispõe do método posição Canguru. A prática funciona durante o dia e serve para mamães e bebês treinarem a amamentação. A criança fica só de frauda no colo nu da mãe ou com o bebê dentro do avental. A fonoaudióloga do HMI Catarine Brito explica que o método é utilizado predominantemente em prematuros.
“Essa posição favorece o contato pele a pele, o vínculo da mãe com RN (recém-nascido), a transferência de amor, calor, ganho de peso, batimento cardíaco. Ele se lembra dela, escuta, relaxa, como se estivesse dentro do útero. É maravilhoso para ele. É um método muito importante no fortalecimento do vínculo. Ajuda o bebê a ficar mais ativo e escutando e tendo outros estímulos sensoriais, não só na incubadora”, explica.
Catarine Brito ressalta que atualmente o bebê fica na UCI e a mãe fica durante o dia no hospital, com treino de amamentação de três em três horas. “A mãe fica aqui e a gente fica treinando, põem no peito, faz o treino, vê como vai desenvolver, se vai coordenar bem, se não vai. Não conseguiu? Passamos para o leite do banco de leite. Até o recém-nascido ter condição de mamar e ir para casa”, conclui.
A jovem mamãe Maiara Rodrigues Gomes deu a luz a pequena Débora Heloísa, que nasceu prematura, em São Geraldo, e foi encaminhada ao HMI. Agora já com um mês de vida, a posição canguru fortalece o laço mãe e filha cada dia mais. “O parto era esperado para 13 de outubro e ela nasceu em 14 de agosto. Quando ela nasceu eu não tive esse contato, foi tão rápido que não deu tempo nem de pegar ela pra colocar no peito. E esse método é muito bom porque me põe mais tempo com ela. É bom poder ter contato pele a pele com meu bebê. É uma coisa maravilhosa”, sublinha.
O Método Canguru é um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro, voltado para o cuidado humanizado com estratégias que estimulam o desenvolvimento e ajuda na recuperação dos bebês de baixo peso. Segundo a diretora do HMI, Alcileia Tartaglia, o hospital está em processo de implantação de dois leitos especiais para atender integralmente o método Mamãe Canguru.
“O corpo clínico do hospital percebeu que a aplicação dessa prática é crucial para evolução do bebê, diminuindo seu tempo de internamento. Diante desse fato, a atual gestão está compromissada em adequar fisicamente os ambientes para permanência dessas mães por um período integral com seus bebês”, destaca.
Texto: Osvaldo Henriques/ Secom PMM
Fotos: Paulo Sérgio