Começa, nesta quarta-feira (15), a campanha Janeiro Roxo, em Marabá, para a conscientização da população quanto ao combate e tratamento da hanseníase, além da capacitação de médicos e enfermeiros no “Dia D” em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Todos os pacientes dermato-sintomáticos têm atendimento prioritário, sem enfrentar filas.
O Ministério da Saúde oficializou a celebração deste mês em 2016, além da cor roxa para campanhas educativas em todo o país. A campanha visa também a qualificação dos profissionais para realizarem o atendimento dos pacientes que apresentem sintomas da doença.
Assim, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) busca sensibilizar e alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da hanseníase e acerca do seu tratamento.
A doença foi por muito tempo estigmatizada e tida como sem cura, porém, não é mais o caso. As pessoas podem buscar informações e tratamento disponibilizado nas UBS das zonas urbana e rural.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução lenta, transmitida de pessoa para pessoa. Após o contágio, os sintomas levam até cinco anos para se manifestarem no indivíduo.
Sintomas
Além de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, e dormência em qualquer parte do corpo, a enfermidade geralmente se manifesta na diminuição da sensibilidade ou formigamento de extremidades de mãos, pés ou olhos. Por não sentir dor, o paciente pode se ferir ou se queimar, e desenvolver complicações como úlceras e infecções locais. Também pode ocorrer a diminuição ou perda de força muscular em mãos, pés e pálpebras.
Após o diagnóstico, o paciente deve procurar imediatamente o tratamento. A doença tem cura, mas pode ser incapacitante se não for tratada.
A maioria das pessoas tem resistência natural e não fica doente, mesmo tendo contato com pacientes contagiados. A principal imunização é a primeira vacina, no nascimento, a BCG. O Brasil está em segundo lugar em diagnósticos em todo o mundo, com mais de 22 mil casos por ano.
Tratamento
O tratamento via oral, com a associação de dois a três medicamentos, é realizado nos serviços de saúde da rede municipal, via Sistema único de Saúde, com a poliquimioterapia, gratuitamente e sem necessidade de internação.
“Vale ressaltar que os pacientes diagnosticados com hanseníase são amparados por lei, recebem cesta básica, para obter suporte durante todo o tratamento,” pontua Max Rafael, coordenador de Doenças Crônicas da Secretaria Municipal de Saúde.
Em Marabá, no ano passado, houve mais de 70 diagnósticos da doença e em 2025, já estão em tratamento 4 crianças e 60 adultos.
(Fonte: Secom PMM)