Foi com grande satisfação que recebi a notícia que um dos efeitos ao acordo sobre as horas in itineres será a construção de um Centro de Cultura em Parauapebas até 2012. Como secretário municipal e cidadão parabenizo às partes que souberam reconhecer que os interesses gerais da coletividade estão sempre contidos nos interesses particulares.
Tal decisão deixa-me esperançoso que o modelo de implantação do referido Centro Cultural seja o da participação da comunidade, ora instrumentalizada pelo advento do Conselho e Fundo Municipais de Cultura, canais pelos quais devem percorrer os debates acerca do desenvolvimento cultural da cidade e região.
Colocamo-nos à disposição para a produção do diálogo que certamente é o mecanismo mais eficaz para a implantação do tão sonhado Centro Cultural de Parauapebas.
Salientamos, ainda, que o Plano Plurianual da atual gestão – 2010-2013 – registra o objetivo de construção de um Complexo Cultural. Vejo essa confluência de intenções como o prenuncio a um ambiente de colaboração entre Prefeitura e Vale na construção desse espaço de cultura, que abrigaria o museu da cidade – no qual a história da mineração na cidade deve estar registrada – além do cineteatro e de espaços destinados à escola de música e artes visuais etc.
Por último, gostaria de registrar minha crença de que a decisão composta do acordo é mais uma demonstração do quanto acertada tem sido a política pública de cultura do País, cujo efeito mais importante é a consagração do acesso à cultura como direito fundamental.
Cláudio Feitosa
Secretário municipal de Cultura
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1 comentário em “Secretário de Cultura comenta acordo que viabilizou construção do Centro Cultural em Parauapebas”
Honra, a quem a mereça.
Deixo claro que este comentário não objetiva contradizer a nota do secretário. Antes, espero complementá-la, se é que posso, como cidadão também. Acredito que a notícia vem como um “presente de justiça” para uma Secretaria que tem bem desempenhado o seu papel em Parauapebas, apesar dos pesares.
É realmente muito bom quando os interesses gerais da coletividade estão sobre os interesses particulares, e por outro lado, péssimo quando é o contrário que acontece.
Deve-se aos trabalhadores da mineração do projeto Carajás esta conquista, pois foi no bojo das negociações de um direito trabalhista muito importante (interesse individual da categoria) que este fim (incluindo os ítens do interesse da população) veio ocorrer.
Agora, que se tornou um compromisso da mineradora devido , perante a Justiça, à população, e graças aos trabalhadores representados por seu sindicato, acredito que o Centro Cultural de Parauapebas e os demais ítens inseridos no acordo vão se tornar realidade, com certeza.
Pois, não serão como as promessas não cumpridas desse governo – que tem Plano Plurianual, mas não tem respostas concretas para os anseios do povo.
So lamento que não tenha sido o hospital ou a questão da água – com certeza mais problemáticos – a entrarem no acordo, pois são o que a população mais necessita neste momento – sem querer diminuir a importância da educação cultural e profissional, e da preservação da nossa história mineral. Aliás, a Educação Profissional é uma séria necessidade para nossos jovens concorrerem no mercado técnico dos bons empregos da região.
Desta feita, que os trabalhadores da mineração possam ser reconhecidos por estas conquistas, mesmo que a prefeitura venha a contribuir (como é natural que aconteça) para concretizá-las. Que tenha o Museu, inserido no Centro Cultural. É uma excelente idéia. E que lá, em algum lugar esteja escrito, pelos esforços de quem (de qual categoria) foi possível tornar tudo aquilo real.
Como cidadão, parabenizo o Sindicato Metabase e todos os colegas trabalhadores da mineração, direta ou indiretamente, em Carajás!