Secretário de Saúde mostra os dados sobre a Sífilis

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Continuando a série de respostas às perguntas formuladas pelos leitores do blog ao Sec. de Saúde de Parauapebas, desta feita  Evaldo fala sobre o combate a sífilis em Parauapebas.

“A sífilis congênita é um problema de saúde pública, no entanto, são poucos os municípios que fazem o registro dos casos (notificação). Parauapebas é um dos municípios que têm instalado na Maternidade Municipal, o Projeto Nascer, em que uma das atribuições é diagnosticar Sífilis e HIV no momento do parto, ofertando este exame justamente para tentar evitar a transmissão vertical, e conseqüentemente fazendo as devidas notificações no sistema de informações, fato pouco comum nos demais municípios do Estado e do Brasil.

Quanto ao pré-natal, quanto mais acesso as gestante têm ao diagnóstico, mais casos serão diagnosticados, um dos critérios da criança nascer com indicador de sífilis congênita é questão do parceiro sexual dessa gestante aderir ao tratamento concomitante ao dela, daí envolve um esforço maior por parte de todos, sensibilizar os homens a esta responsabilidade, mesmo assim o município tem o melhor indicador do Estado e do Brasil dos casos notificados.

A secretaria municipal realizou em dezembro de 2009, em parceria com o Estado, treinamento de manejo clínico a gestantes e crianças com Sífilis, apenas uma parte da campanha de mobilização social com este foco, e melhor preparação da equipe de saúde, brevemente registraremos os resultados.

Vamos aos fatos: a Taxa de incidência em Gestante é a maior do Estado e do Brasil, em 2.008, conforme tabela, fruto de um trabalho de notificação, para melhorar o conhecimento da realidade da doença.

Gestantes com sífilis que realizaram exame no pré-natal, 121,62%, demonstram a acessibilidade ao diagnóstico ( fizeram no 1º e 3º trimestre ). E o mais interessante é que nos diz respeito ao % de parceiros tratados concomitantemente, somos os melhores do BRASIL, com 21,62%, apesar de ser o ponto que vem dificultando a diminuição da incidência de sífilis congênita.

Taxa de incidência em Gestante

Ano Município Taxa% Estado Taxa% Região Taxa% Brasil Taxa%
2001 01 1,32 162 2,55 370 2,79 5.177 3,00
2002 05 6,39 199 3,08 409 3,03 5473 3,13
2003 07 8,60 306 4,65 628 4,56 6.152 3,48
2004 04 4,73 135 2,02 403 2,87 5.917 3,30
2005 25 27,29 305 4,38 574 3,91 6.423 3,49
2006 09 9,45 278 3,91 707 4,71 6.790 3,64
2007 18 18,22 278 3,83 762 4,97 5.739 3,03
2008 37 25,46 331 4,52 768 5,07 5.616 2,96

Percentual de gestantes com sífilis que realizaram VRDL no pré-natal

Ano Município Taxa% Estado Taxa% Região Taxa% Brasil Taxa%
2001 01 100 50 55,56 225 60,81 3.575 69,06
2002 04 80 53 26,63 219 53,55 3.882 70,93
2003 7 100 208 67,97 483 76,91 4.747 77,16
2004 3 75 106 78,52 358 88,83 4.780 80,78
2005 22 88 217 71,15 457 79,62 5.293 81,41
2006 10 111,11 188 67,63 579 81,90 5.685 83.73
2007 19 105,56 198 71,22 652 85,56 4.896 85,31
2008 45 121,62 277 83,69 710 92,45 4.940 87,96

 

Percentual de gestantes com parceiros tratados concomitantemente

Ano Município Taxa% Estado Taxa% Região Taxa% Brasil Taxa%
2001 0 0,00 18 11,11 35 9,46 601 11,61
2002 0 0,00 14 7,04 32 7,82 680 12,42
2003 01 14,29 38 12,42 72 11,46 724 11,77
2004 02 50,00 16 11,85 35 8,68 450 7,61
2005 2 8,00 25 8,20 49 8,54 517 8,05
2006 1 11,11 35 12,59 55 7,78 561 8,26
2007 3 16,67 74 26,62 151 19,82 881 15,35
2008 8 21,62 70 21,15 145 18,88 922 16,42

Em 2009, este indicador fechará com 47,36% dos parceiros tratados. “

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