Com a retirada de última hora da assinatura de 45 deputados, o pedido de criação da CPI para investigar denúncias contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi arquivado.
No total, foram contabilizados 168 nomes de deputados. Para se instalar uma CPI mista (formada por deputados e senadores), são necessárias, no mínimo, 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado. Ao contrário da Câmara, no Senado sobraram assinaturas: 36 senadores aderiram ao pedido de investigação contra o MST.
Até a meia-noite desta quarta-feira (30), 45 deputados retiraram suas assinaturas. Enquanto isso, outros 29 pediram a inclusão de seus nomes no documento.
O pedido de instalação da CPI do MST chegou a ser lido em sessão do Congresso Nacional realizada nessa quarta-feira. Mas o regimento interno garante aos parlamentares a possibilidade de retirar até a meia-noite suas assinaturas do pedido de abertura da comissão de inquérito.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos autores do requerimento de criação da CPI, afirmou ontem ao Congresso em Foco que o trabalho seria recomeçado caso as assinaturas não fossem suficientes para instalar uma CPI mista do MST.
“É imperioso que essa CPI se organize para investigar os repasses de recursos federais e internacionais para o MST. E que se discuta uma política para o campo que já distribui 77 milhões de hectares e gastou bilhões de reais, e apenas 3% das pessoas que ocupam essa área estão emancipadas. Alguma coisa está equivocada, e precisa ser revista, e é isso o que a gente quer fazer”, acrescentou o parlamentar gaúcho.
No dia 16 de setembro, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), protocolou o pedido de instalação da CPI. Acompanharam a tocantinense os deputados ruralistas Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara, e Onyx Lorenzoni.
“O que queremos é fazer uma pressão justa, com o instrumento legal que temos, que é a CPI, para que o financiamento público ao MST tenha fim, pois as cooperativas deles são de fachada”, afirmou a senadora.
Para o MST, a iniciativa dos ruralistas é uma reação às alterações nos índices de produtividade rural, que servem para classificar se a propriedade é improdutiva e se deve ser desapropriada para fins de reforma agrária.
Fonte: Rodolfo Torres – Congresso em Foco
1 comentário em “Sem assinaturas suficientes, CPI do MST é arquivada”
É uma pena, mas do jeito que essas pessoas estão atuando, usando um movimento que tinha tudo para ser bem sucedido e mudar a vida de milhares de famílias que necessitam de um pedaço de terra pra sobreviver com dignidade, onde o que se vê é uma quadrilha de bandidos que saem fazendo arrastões nas propriedades privadas, líderes de sem terras com uma ficha mais suja que puleiro de galinha na polícia, acampamento servindo de refúgio para os mais variados tipos de marginais, pessoas que vivem de conseguir o pedaço de terra para vender e depois partir para a próxima invasão, e acima de tudo, fazendo tudo isso sendo sustentados com o dinheiro dos nossos impostos, realmente é lamentável que esse processo foi arquivado, mas uma hora a ficha cai.
Aqui pertinho de nós temos vários exemplos dos desmandos que essas pessoas denominadas sem terras vem fazendo. Há uns 15 dias atrás aproximadamente, uma mulher foi brutalmente violentada por esses marginais, na fazenda santo antonio, na VS 17, no Cedere I, onde desde 2006, essas pessoas invadiram. de lá pra cá já fizeram miséria: roubaram gado de colonos, sem contar os da fazenda invadida, roubaram galinhas, fogões, ferramentas, destruíram plantações de colonos assentados em 1982, pelo projeto GETAT, e por fim atearam fogo na casa do colono, amaram, torturaram e ameaçaram de morte o morador da casa queimada, tudo devidamente registrado em B.O. e denunciado aos órgãos competentes, que nada fazem contra esses bandidos, alegando que são sem terras.
Assim fica fácil, sem terra tem imunidade, são intocáveis, podem fazer o que quiserem…. e ainda são mantidos com o dinheiro das pessoas de bem? que país é esse?????