Sem Terra ocupam e põem fogo na ferrovia da Vale, em Parauapebas

Ação estaria sincronizada com movimentos sociais de outros dez municípios da Estrada de Ferro Carajás; entre as reivindicações, a construção de 10 mil casas em Parauapebas

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Desde as 5 horas desta terça-feira, 3, membros do Movimento Sem Terra (MST) ocupam a Estrada de Ferro Carajás (EFC), no município de Parauapebas, reivindicando investimentos da mineradora Vale na reforma agrária.

Segundo nota do MST, a ocupação da ferrovia faz parte de uma mobilização interestadual envolvendo movimentos sociais de 11 municípios no Corredor da Estrada de Ferro Carajás, entre Parauapebas, no Pará, e São Luís, no Maranhão, com objetivo de defender os direitos do povo que estão sendo negados pela mineradora Vale, como parte da Jornada de luta por Direitos e Reforma Agrária Popular.

Veja, abaixo, íntegra da nota:

“O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vem a público comunicar sua adesão as mobilizações que estão em processo de construção em 11 municípios no Corredor da Estrada de Ferro Carajás entre Parauapebas-Pará e São Luís, no Maranhão, com objetivo de defender os direitos dos povos que estão sendo negados pela companhia Vale, assim como pelos prefeitos, governadores e pelo governo federal, que transformam a riqueza da nação em privilégio para o enriquecimento de poucos e a abundância de pobreza e miséria para a maioria.

Denunciamos a mineradora Vale, maior latifundiária da região norte, responsável pelos impactos ambientais e sociais que assolam milhares de famílias na região devido às suas atividades.

A empresa é responsável pelos maiores crimes ambientais no Brasil, os impactos ambientais e famílias na região.

Queremos que a empresa possa atender as demandas das famílias atingidas pela mineração.

Frente à crise econômica e social que recai sobre os pequenos, entendemos que nunca foi tão urgente a repactuação sobre a distribuição da riqueza do subsolo de nossa pátria, e como filhos e filhas desta nação, viemos denunciar e exigir um conjunto de medidas:

1- A imediata devolução de terras não mineráveis sob posse ilegal da empresa Vale para fins de Reforma Agrária, assim como a aquisição de mais de 100 mil hectares de terras para assentar famílias acampadas e cadastradas pelo INCRA:

2- A criação de um Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico, sob controle social dos recursos da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral), para o enfrentamento as mazelas provocadas pelo modelo mineral:

3 – Adoção imediata de um programa de habitação popular para a construção e 10.000 casas, para fazer frente ao déficit de moradias em Parauapebas;

4 – Criação de um programa de transferência de renda no valor de R$ 1.000,00 por família em situação de vulnerabilidade social, em especial as famílias chefiadas por mulheres;

5 – Investimento massivo em programas de reflorestamento, recuperação de nascentes e da adoção da agroecologia em larga escala, nos municípios direta e indiretamente atingidos pela mineração;

6 – Pagamento imediato da CFEM e de outros tributos, fruto de sonegação fiscal ou práticas semelhantes que sejam destinados para os cofres públicos de todos os municípios que são direta e indiretamente atingidos pela mineradora Vale.

7 – Reparação pelas tragédias ambientais provocadas pela mineradora Vale, em especial as vitimas de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.

8 – Criação de uma força tarefa dos governos federal, estadual e municipal com a participação dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal para tratar dos desdobramentos dos pontos acima citados”.

A Reportagem do Blog do Zé Dudu pediu posicionamento da Vale sobre a ocupação e as medidas que devem adotar sobre o caso e espera nota para atualização desta notícia.

Nota da Vale

“A Estrada de Ferro Carajás (EFC) foi interditada por manifestantes do MST na madrugada desta terça-feira (3/12), em Parauapebas. As reivindicações não têm relação com a operação ferroviária da Vale. Devido ao ato de abrupta interdição, a viagem do Trem de Passageiros, no sentido Parauapebas (PA) – São Luís (MA) teve que ser suspensa por questão de segurança. A circulação de trens de carga também foi impactada. A Vale reitera seu compromisso com a segurança das pessoas e com as operações e adotará as medidas legais cabíveis. Os passageiros podem remarcar o bilhete ou pedir o reembolso do valor investido na compra da passagem no prazo de até 30 dias. Mais informações podem ser solicitadas por meio do canal Alô Vale (0800 285 7000).”

18 comentários em “Sem Terra ocupam e põem fogo na ferrovia da Vale, em Parauapebas

  1. Hermes Peixoto Junior Responder

    Viva a resistência dos povos!!!
    Essa empresa Vale tem que pagar pelos seus crimes!!!

    • LINDBERG DE ARAUJO Responder

      Invadir e depredar agora passou a ser ato legal? Você tem que rever seus conceitos …

  2. Papito Responder

    Esse Movimento sem Terra merece borrachada até deitarem no chão…. Bando de Vagabundos e Bandidos

    • ZecaBilola Responder

      Essa galera esqueceu que o prefeito de parauapebas se tornou milhonario sendo prefeito apenas. O salario pelo jeito deve ser otimo. Por que nao ir na porta da prefeitura e fazer um movimento social contra corrupcao?

  3. Sidney Responder

    Infelizmente os ladrões estão no poder e isso Q temos de esperar de um governo corrupto e muito triste ‍↕️‍↕️‍↕️

  4. Murilo faria Responder

    Terça feira braba. Se não tão trabalhando. E tão fazendo invasões só pode ser vagabundos mesmo.

    • Camila Responder

      Toma vergonha na sua cara , ali tem família que luta dia pós dia pelo seu sustendo ! Vagabundo e vc ! Aatoa que vem aqui falar merda, Defende essa empresa bandida criminosa culpada pelo maior desastre ambiental do Brasil

  5. João Batista Responder

    Eles devem cobrar do caramujo comunista,do Lorin do Paraná e do comunista Helder que fazem vista grossa,a Vale paga seus impostos e gera milhões de empregos.

    • Ssulo Responder

      É um Zebu mesmo, chifrudo guampudo, mentiroso, não acreditem esse mentiroso não tem vergonha na cara, a Vale precisa fazer sua parte social, sentar com essas pessoas e chegar a um acordo., eles só querem um lugar descente para morar

  6. Vital Furtado Responder

    Será que o Xandão vai prender quem colocou fogo no patrimônio público ou vai dizer que as ações fkram legítimas e democráticas?

  7. Anônimo Responder

    Boa tarde, o mas prejudicado de tudo ainda são esses mesmos, manifestantes.
    Que a muito tempo vem sendo usados e não intendi, que se o Governo que aí está tanto falava em reforma agrária moradia, está no poder porque não resolver. Na verdade isso tudo é esquema pra tira o foco de alguma coisa mas séria como está acontecendo nos bastidores de um Governo sujo corrupto sem foco no país e sim no poder a qualquer custo

  8. Hermeson Barros Responder

    é muita gente sem o que fazer nesse município de Parauapebas , quem coloca comida e paga as contas dessas pessoas que faz esse tipo de ação? trabalhar que é bom duvido

    • José Eduardo Responder

      Que eu saiba, existe um MINISTÉRIO DA REFORMA AGRÁRIA, e, desde quando uma EMPRESA PRIVADA é responsável por REFORMA AGRÁRIA??? ISTO É QUE É TERRORISMO … PAU NELES!!!

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