A Colossus Minerals concluiu, na quarta-feira (30), seu plano de reestruturação. A mineradora fez nova divisão de suas ações e títulos, tendo a Sandstorm como acionista majoritário, e reconstituiu seu Conselho de Administração. A empresa paralisou, oficialmente, o projeto de ouro e o colocou em manutenção.
A Colossus informou, hoje por meio de comunicado ao mercado, que o projeto Serra Pelada foi colocado em manutenção e todas as atividades foram interrompidas até que sejam resolvidos os imbróglios com a Coomigasp e com a Comissão de Minas e Energia.
Segundo a mineradora, a conclusão do plano de reestruturação converteu efetivamente todas as dívidas pendentes da companhia, assim como extinguiu o contrato de venda antecipada de ouro a preço fixo (metal stream) da Sandstorm em capital da Colossus. A companhia tem, a partir de agora, 52,6 milhões de ações e uma nota conversível de US$ 4 milhões.
O capital da empresa foi dividido em 51,2% para os detentores de títulos, 40,2% para a Sandstorm Gold, 6,9% de outros credores e 1,7% de acionistas públicos antigos.
Com a implementação do plano de reestruturação, o Conselho de Administração da Colossus passa a ter três nomes. John Frostiak permanece com presidente do Conselho da empresa, enquanto Tom Bruington e John Budreski foram nomeados como diretores.
Bruington é vice-presidente executivo da Sandstorm Gold, e Budreski, presidente e CEO da Morien Resources, companhia que trabalha com ativos de carvão no Canadá.
Diante das acusações da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) e do Projeto de Decreto de Lei N° 1.407/13, que anula a concessão de lavra em Serra Pelada, a Colossus decidiu colocar o projeto no Pará em manutenção e interromper todas as atividades de mineração no site.
Segundo a mineradora canadense, representantes da empresa tiveram várias reuniões com a Coomigasp e o diálogo entre as partes foi “produtivo”. A Colossus disse acreditar que as ações legais que envolvem as empresas “complicam e impedem o desenvolvimento de Serra Pelada”.
A mineradora informou que tem conversado com diversos investidores para conseguir novos financiamentos. Entretanto, diz que a acusação legal feita pela Coomigasp impede que a Colossus consiga levantar novos fundos.
A companhia informou que a Comissão de Valores Mobiliários de Ontário emitiu em 29 de abril uma ordem temporária que suspende a negociação de títulos da Colossus, sob alegação da empresa ter “falhado nas exigências requisitadas pela lei de valores mobiliários de Ontário. Segundo a mineradora, os administradores trabalham para resolver esse problema.