Servidores da Controladoria e do Tesouro também anunciam greve

Numa “onda de greves”, a Unacon Sindical anuncia adesão a mobilização de outras categorias, servidores vão intensificar operação padrão e greve começa no dia 5; Sindicato pede entrega imediata de cargos
Sede da CGU em Brasília

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Numa ”onda de greves” que está prejudicando todo o país, mais duas categorias do serviço público e carreiras do Estado – servidores da Controladoria Geral da União (CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) – anunciaram, nesta quinta-feira (1º), rejeição à proposta do governo de reajuste salarial apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Ao rejeitar a proposta, o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), que representa a categoria, encaminhou pela “intensificação máxima da operação padrão na Controladoria Geral da União (CGU) e na Secretaria do Tesouro Nacional (STN); a entrega de cargos em ambos os órgãos; e a decretação de greve, a partir do dia 5 de agosto”.

A votação registrou a rejeição de 53,65% dos participantes, com 1.147 votos a favor e 27 abstenções. Segundo a entidade, a decisão foi comunicada ao MGI nesta quinta. A votação eletrônica, que ocorreu das 12h às 18h, contou com a participação de 2.533 auditores (AFFC) e técnicos federais de Finanças e Controle (TFFC), ativos e aposentados.

“A carreira de Finanças e Controle disse que rejeita a proposta do governo. Vamos para o enfrentamento. Por isso, conclamo, desde já, a intensificação ao máximo da operação padrão na CGU e na STN, a entrega de cargos em ambas as casas – é fundamental que todo servidor da carreira que ocupa cargo ou função assine de imediato o termo – e a criação do comitê de greve,” afirmou o presidente do sindicato, Rudinei Marques.

A proposta, recebida do MGI no dia 10 de julho, prevê reajuste de 23%, entre 2025 e 2026, para auditores, e de 24% para técnicos de finanças e controle. No entanto, na avaliação do sindicato, divulgada em nota, os percentuais são “insuficientes para promover o realinhamento com outras carreiras que possuem atribuições de igual complexidade dentro do Executivo federal. Pesou, ainda, o não atendimento a pleitos sem impacto financeiro, como exigência de nível superior para ingresso no cargo de TFFC”.

Por Val-André Mutran – de Brasília