Anunciada desde a semana passada, na manhã desta terça-feira, dia 27 de junho, um grupo de servidores ligados à Secretaria Municipal de Educação (SEMED) realizou uma manifestação em frente à sede da pasta que faz a gestão de mais de 200 escolas da rede municipal de Marabá. Mas o movimento não alcançou a quantidade de pessoas esperada.
Eles levaram carro de som e o grupo não passava de 30 pessoas, os quais reivindicam direitos trabalhistas atrasados há oito anos e que o prefeito Tião Miranda estaria se negando a pagar.
Embora reconheça a dívida, o Executivo suspendeu na última quinta-feira (22), as negociações e pagamentos dos valores retroativos do enquadramento das carreiras vertical e horizontal, para retomar somente no mês de agosto.
Segundo a educadora Maria Cláudia de Souza, o assunto já foi discutido em várias instâncias da Prefeitura de Marabá, a dívida reconhecida, mas o pagamento está sendo protelado há vários meses.
A professora e advogada Júlia Furtado integra uma comissão de educadores que estão à frente das negociações. Ela observa que desde 2015 a classe aguarda o pagamento de seus direitos trabalhistas de progressão horizontal e vertical. “Queremos saber, exatamente, quando esse dinheiro vai ser pago. Já houve promessa e até cronograma, mas ele não foi cumprido”, lamenta-se.
Os cálculos, segundo ela, estão confusos e a planilha inicial foi alterada. “Esses direitos estão reconhecidos pela Justiça e o gestor municipal se propôs a fazer um acordo com os que judicializaram e, consequentemente, aqueles que não o fizeram também, já que possuem os mesmos direitos, fato reconhecido pela Prefeitura de Marabá”, diz Júlia.
Agora, os servidores se juntam com sindicatos para um grande ato na próxima quinta-feira, 29, em frente à Secretaria Municipal de Obras.