Segundo o presidente da DS-PA/AP, Sérgio Pinto, as categorias possuem demandas convergentes. “Ainda que nós, auditores da Receita Federal, tenhamos demandas acordadas e não cumpridas pelo governo, que vão além das questões remuneratórias, é preciso ter maturidade para identificar convergências entre as categorias que compõem a Receita Federal. O não envio do projeto de lei que trata da reposição salarial é uma dessas convergências. Não podemos aceitar passivamente que o governo nos chame a pagar a conta desse ajuste fiscal que só ataca os trabalhadores brasileiros”, destacou.
O presidente do Sindireceita no Pará, Tales Queiroz, ressalta que o não cumprimento dos acordos salariais com os servidores públicos enfraquece o serviço público. “As despesas do reajuste dos servidores da Receita Federal já estão previstas no orçamento e as perdas inflacionárias acumuladas desde o último acordo em 2010 ultrapassam os 40%”. Ele alerta que, apesar das confirmações de cumprimento do acordo, dadas pelos ministros do Planejamento e da Fazenda, e pelo próprio presidente interino Michel Temer, o projeto de lei relativo ao aumento dos analistas-tributários e dos auditores fiscais sequer foi enviado ao Congresso, sendo que o PL de outros servidores passou pela Câmara Federal, mas não seguiu para o Senado.
O representante da Unaslaf no Pará, Marcos Motta, considera que o momento é de vital importância para a união das categorias: “A proposta é criarmos uma união nacional pela Receita Federal, órgão que vem sendo agredido ao longo dos anos por todos os governos”, disse. “A nossa expectativa é a melhor possível, porque unir três categorias distintas dentro do âmbito da Receita Federal é considerado por nós um ato inédito. Pela primeira vez sentamos à mesa, conversamos, nos entendemos e vamos lutar juntos por um objetivo maior do nosso movimento”, enfatizou.