Cada paraense desembolsou, em média, R$ 1.344,16 para sustentar servidores públicos que estão dependurados na folha de pagamento cuja despesa é ordenada pelo Poder Executivo do Pará. A informação foi levantada com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que cruzou dados de população com os números do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do 1º quadrimestre deste ano de todas as 27 Unidades da Federação para avaliar a posição do Pará perante os demais entes. Os dados ajuntados pelo Blog estão dispersos em portais de transparência e, na maior parte, na Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O Pará tem o 5º servidor público estadual mais barato do país, considerando-se apenas o Poder Executivo. Além dele, os lanterninhas são os servidores de Alagoas, que custam R$ 1.336,15; da Bahia, R$ 1.279; do Ceará, R$ 1.110,79; e do Maranhão, R$ 1.051,03. Todos esses lugares têm em comum, também, o fato de estarem entre os dez menos desenvolvidos do país, conforme as várias formas de mensuração técnica de desenvolvimento humano, progresso social e qualidade de vida elaboradas por diferentes institutos.
Em valores brutos, a despesa com pessoal do Poder Executivo paraense totalizou R$ 11,44 bilhões, que foram pagos por meio de impostos dos 8,51 milhões de paraenses. Mas se a estrutura de Governo de Estado for inteiramente considerada, incluindo-se na conta as despesas dos poderes Legislativo e Judiciário, mais Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas, os gastos com pessoal do Pará elevam-se para R$ 13,45 bilhões, o que exige por ano de cada paraense pelo menos R$ 1.580 para sustentar os salários da estrutura governamental.
Campeões de despesas
No Brasil, onde mais se paga para sustentar servidores do Executivo é no Distrito Federal, onde cada habitante da capital do país desembolsa R$ 4.718 por ano, em média. A população do Acre (R$ 3.915), Tocantins (R$ 3.474), Rio Grande do Sul (R$ 3.271) e Mato Grosso (R$ 3.232) vêm em seguida, com despesas que superam os R$ 3 mil.
Em valores brutos, as folhas de pagamento mais robustas são as dos estados de São Paulo (R$ 98,5 bilhões), Minas Gerais (R$ 42,5 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 40,25 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 37,05 bilhões) e Paraná (R$ 23,16 bilhões). Apenas o que o estado de São Paulo usa com seu funcionalismo seria suficiente para sustentar o Governo do Pará por cinco anos, considerando-se que a receita líquida do Pará para os últimos 12 meses foi de R$ 19,4 bilhões.
Confira os gastos com pessoal do Poder Executivo das Unidades da Federação e quanto cada cidadão desembolsa para mantê-los de pé.
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