A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou na segunda-feira (9) o último informe epidemiológico sobre a situação da dengue no ano de 2011 no Pará. De janeiro a dezembro, foram notificados 29.291 casos suspeitos da doença, dos quais 13.656 foram confirmados, com a seguinte classificação: 13.454 registros de dengue clássica, 160 de dengue com complicação, 39 de febre hemorrágica da dengue e três de síndrome do choque da dengue.
Nesse período, o Pará registrou 19 óbitos por dengue, distribuídos por em Belém (cinco), Pacajá (um), Santarém (um), Soure (um), Altamira (dois), Abaetetuba (um), Oriximiná (dois), Xinguara (um), Santa Maria das Barreiras (um), Parauapebas (um), Bom Jesus do Tocantins (um), Santa Izabel do Pará (um) e Tailândia (um).
Os municípios com maior número de casos notificados são Belém (5.058), Santarém (2.177), Altamira (2.060), Ananindeua (1.483) Parauapebas (1.403), Marabá (1.239) e Marituba (971). Em relação aos casos confirmados, os municípios com maiores registros são Belém (1.616), Santarém (1.293), Altamira (1.263), Parauapebas (687), Marabá (497), Marituba (343) e Ananindeua (351).
Em 2010 o Estado registrou 17.582 casos de dengue, dos quais 9.089 foram confirmados, com 21 óbitos. Segundo a coordenação estadual do Programa de Controle de Dengue, o número de mortes caiu em 2011 em relação a 2010. A coordenadora estadual de Controle da Dengue, Aline Carneiro, lembra que com a chegada do período chuvas o risco de infestação da dengue aumenta, por isso já se articula um conjunto de estratégias para o combate à dengue em todos os municípios.
Aline Carneiro ressalta que a população precisa ficar alerta sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue. Durante o ano todo, equipes da Sespa trabalharam em conjunto com os municípios para manter a doença sob controle. As principais ações que vêm sendo desenvolvidas são bloqueio imediato da transmissão nas localidades ou bairros que notificam casos; atividades de educação e comunicação, visando à sensibilização da população para o problema; articulação com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana para melhoria da coleta e destinação adequada do lixo; e manutenção das atividades de rotina no combate ao vetor.
Ao longo de 2011, a coordenação estadual fez 31 supervisões aos programas municipais de controle da dengue dos municípios de Barcarena, Marabá, Breves, Cametá, Paragominas, Pacajá, Oriximiná, Conceição do Araguaia, Santa Izabel, Soure Tailândia, Salvaterra, Ulianópolis, Bragança, Itaituba, Dom Eliseu, Vigia, São Félix do Xingu, São Miguel do Guamá, Belterra, Igarapé-Açu, Capitão Poço, Capanema e Igarapé-Miri.
Também foram treinados técnicos dos Centros Regionais de Saúde que abrangem vários municípios, entre eles Soure, Salvaterra, Marabá, Parauapebas, Tucuruí, Breves, Conceição do Araguaia e Redenção para o uso do método em levantamento de índice rápido para Aedes aegypti (Liraa). Foi feita ainda capacitação sobre o uso do larvicida Diflubenzuron.
Para Aline Carneiro, o método Liraa permite resultados rápidos que possibilitam levantamento para um trabalho direcionado. “Este ano vamos expandir este método para que os municípios possam ter a opção de trabalho específico nas localidades onde estiver o índice de infestação mais alto”, explica.
Em dezembro foram feitos planos emergenciais nos municípios de Santa Izabel do Pará, Castanhal, Igarapé-Açu, Santarém, Belterra, Barcarena, Abaetetuba, Capanema, Primavera, Capitão Poço, Ulianópolis, Itaituba, Igarapé-Miri e Bragança, Uruará, Brasil Novo, Medicilândia e Altamira.
Fonte: Sespa