A malária, doença diagnosticada com exame de sangue, teve aumento no número de casos em Anajás, Jacareacanga e Altamira
A Coordenação Estadual de Malária, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), promove nesta quarta-feira (8) e na quinta-feira (09), no auditório do hotel Beira Rio, a “I Oficina de Avaliação do Programa de Controle da Malária no Pará” em 2012. Durante o evento serão avaliadas as ações executadas pelos municípios considerados prioritários para o controle da doença no Estado.
O encontro reunirá secretários municipais de Saúde, diretores de Centros Regionais e coordenadores de endemias das regiões norte, norte-leste, extremo norte, nordeste, sudeste e sul do Pará. Também estará presente a coordenadora Nacional do Programa de Controle da Malária, do Ministério da Saúde, Ana Carolina Santelli.
Haverá ainda uma pactuação das ações de controle da malária, com o objetivo de promover a integração entre os municípios com divisões geográficas que influenciam na dinâmica de migração entre as fontes de infecção. Além disso, será apresentada a situação da malária nos municípios que estão sob vigilância epidemiológica. Serão avaliados também os indicadores das oficinas realizadas ano passado, para saber o que avançou e o que precisa mudar para melhorar as ações.
Estatística – No Pará, de janeiro a julho de 2011, foram registrados 71.893 casos de malária, contra 60.187 no mesmo período deste ano. Segundo a Coordenação Estadual de Controle da Malária, houve redução dos casos nos municípios de São João do Araguaia, Mocajuba, Viseu, Cachoeira do Piriá e Melgaço. Entre os que tiveram aumento estão Anajás, Jacareacanga e Altamira, com 1.381 casos.
A coordenação atua em parceria com os municípios na prevenção, no diagnóstico e na capacitação de profissionais. Segundo o coordenador estadual de Controle da Malária, Cláudio Cardoso, além de medicar é fundamental conscientizar a população sobre a importância de todas as ações preventivas. “É imprescindível que a população siga as orientações de prevenção. É importante também que o paciente comece o tratamento da doença no máximo em 48 horas após o contágio”, ressaltou.
As medidas mais indicadas para quem vive nas áreas de risco são a instalação de telas em portas e janelas, uso de mosquiteiros e atenção aos horários de maior atividade do mosquito transmissor da doença, evitando banhos de rio ao amanhecer e ao por do sol.
Texto: Edna Sidou – Sespa