Por conta do crescimento dos casos de hanseníase na região do Araguaia, o 12º Centro Regional de Saúde da Sespa está realizando monitoramento das ações de controle da doença com a equipe Nível Central nos municípios de Conceição do Araguaia e Redenção, no sul do estado. Objetivo é avaliar os indicadores e inconsistências do Sistema Nacional de Notificação (Sinan), para analisar a situação nos municípios.
Segundo a Sespa, paralelo a pandemia do novo coronavírus as doenças comuns continuam acometendo a população e as ações de combate a essas enfermidades precisam ser contínuas, como é o caso da hanseníase que voltou a crescer no estado, com destaque na área do Araguaia.
A hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e de caráter crônico, que ainda persiste como problema de saúde pública no Brasil. Seu agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo que afeta principalmente os nervos periféricos, olhos e pele.
A doença atinge pessoas de qualquer sexo ou faixa etária, podendo apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, pode causar deformidades e incapacidades físicas, muitas vezes irreversíveis. Segundo a Sespa, em 2019 foram confirmados 2.164 novos casos de hanseníase no Pará.
No Brasil, dados preliminares de 2019 mostram que o país diagnosticou 23.612 casos novos de hanseníase, sendo 1.319 (5,6%) em menores de 15 anos. O Mato Grosso é o que apresenta o maior número de casos novos na população geral, 3.731, seguido do Maranhão, Pará e Pernambuco, com mais de dois mil casos cada um.
Os estados do Acre, Roraima e Rio Grande do Sul diagnosticaram menos de 100 casos novos da doença. O Maranhão ocupa a primeira posição em número de casos novos em menores de 15 anos (243), seguido do Pará e Pernambuco.
Sintomas e tratamento: A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele. Os principais sinais e sintomas são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas dormentes, lesão tipo impingem e caroços na pele.
As pessoas em tratamento não transmitem a doença e podem levar uma vida normal no trabalho, na família, na escola e na sociedade. Para ficar curado é preciso seguir a medicação regularmente até a última dose.
O tratamento, totalmente gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), é realizado no nível ambulatorial e não necessita de internação.
(Tina Santos)