O setor industrial do Pará manteve saldo positivo na geração de empregos formais entre os meses de janeiro e maio deste ano. Isso é o que aponta o novo estudo do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, divulgado nesta segunda-feira (19).
O estudo é feito em parceria entre a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A posição paraense também gerou destaque na região Norte nos últimos 12 meses.
O estudo, elaborado com base em informações oficiais do Ministério da Economia, segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), considera as ocupações com carteira assinada na iniciativa privada. Segundo a análise, no mês de maio, em todo o estado, foram realizadas 3.764 admissões contra 2.543 desligamentos, possibilitando um saldo de 1.221 postos de trabalhos só no setor da indústria.
No mesmo período do ano passado, a situação foi inversa. Foram feitas 1.944 admissões, contra 2.275 desligamentos com a perda de 331 postos de trabalhos.
O último levantamento indica ainda o crescimento do emprego formal no setor nos cinco primeiros meses deste ano. Entre janeiro e maio, foram feitas 16.734 admissões, contra 14.804 desligamentos, com a geração de 1.930 postos de trabalhos.
Segundo o titular da Seaster, Inocencio Gasparim, os resultados estão relacionados às políticas de retomada da economia desenvolvidas pelo governo do Pará, além da atração de recursos e da abertura de novos mercados. “O Pará é o sexto em geração de empregos formais. Só nos primeiros cinco meses já registramos mais de 26 mil contratações. Tivemos destaque no comércio, na construção civil e, desta vez, na indústria. É importante ressaltar que o governo do estado concedeu 90% de isenção de ICMS a todo o setor de transformação aqui no Pará. Como todas essas empresas garantem 75% de redução de Imposto de Renda, elas têm todo o incentivo para continuar produzindo. Além, disso, com a execução do plano de vacinação, a continuidade de obras públicas e a injeção na economia, o Pará seguirá mantendo os resultados positivos, sempre olhando com cautela para esse processo de retomada econômica”, destacou o secretário.
De acordo com o balanço efetuado pelo Dieese, no comparativo entre admitidos e desligados nos últimos 12 meses foram feitas, em todo o Pará, 56.143 admissões contra 48.691 desligamentos, com a geração de 7.452 postos de trabalhos.
De acordo a Seaster, por meio do Projeto “Na Fábrica”, o governo do Pará tem visitado unidades fabris a fim de proporcionar uma interação direta entre a base produtiva e a administração estadual. O objetivo é conhecer e entender a estrutura produtiva e de competitividade de cada uma, para criar, posteriormente, um canal de relacionamento para que as políticas públicas sejam efetivadas.
Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), José Fernando Gomes Junior, o projeto já possui 149 empresas incentivadas em todo o Pará, com benefícios na isenção de ICMS para indústrias que trabalham os conceitos de sustentabilidade, bioeconomia e possuem projeto de ampliação de suas capacidades de produção, gerando emprego e renda em todas as regiões do estado.
“É esse tipo de estratégia que beneficia a cadeia produtiva com a verticalização dos produtos em nosso Estado e escoamento do comércio para o mercado interno e para o mercado internacional. É por essa e outras estratégias de choque de gestão que estamos vendo a melhoria nos resultados da indústria, do agronegócio e o aumento dos empregos formais no Pará”, pontua o secretário.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Corado, destaca que polos industriais como os de Barcarena e Castanhal são exemplos de incentivos que devem acelerar o desenvolvimento local. “Os incentivos do governo podem ajudar as indústrias locais a se desenvolverem mais, gerando assim emprego e renda para a população e cumprindo uma promessa do governo, de estar presente em todo o Pará. Da parte da Fiepa, continuaremos apoiando essa indústria local com a qualificação e a inovação proporcionadas pelo Senai, assim como a segurança, educação e qualidade de vida do trabalhador da indústria proporcionadas pelo Sesi e, também ,as capacitações, consultorias e recrutamento de mão de obra realizadas pelo Instituto Euvaldo Lodi ”, acrescentou José Conrado.
O presidente observa, ainda, que o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) também tem importante papel nessa articulação, pois tem como objetivo levar o conhecimento acadêmico às empresas oferecendo diversos serviços, como programas de estágio, formação executiva e consultoria.
Tina Debor- com dados da Seaster