Setur apresentou em Marabá o projeto da 8ª Feira Internacional de Turismo da Amazônia

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Por Eleutério Gomes – de Marabá

Aconteceu na noite de ontem, terça-feira (27) o Seminário Regional do Polo Araguaia-Tocantins, promovido pela Setur (Secretaria de Estado de Turismo), para apresentar o projeto da 8ª Feira Internacional de Turismo da Amazônia (8ª Fita), que este ano ocorre em duas etapas: em São Paulo, de 28 de agosto a 3 de setembro, e em Belém, de 21 a 24 de setembro, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. A Fita é um espaço de comercialização de destinos, produtos, rotas e roteiros turísticos do Pará.

Segundo Álvaro Negrão do Espírito Santo, diretor da Setur e organizador da Feira Internacional de Turismo, a média anual de turistas que visita o Pará é de um milhão de pessoas, a maioria delas vindas de São Paulo, daí o motivo de a primeira etapa do evento acontecer na capital paulista.

“Lá vamos ter a oportunidade de divulgar os insumos da culinária paraense, como o queijo do Marajó, a farinha de Bragança, o piracuí de Santarém, entre outros produtos que são iguarias do mercado gourmet”, afirma Álvaro, acrescentando: “Vamos apresentar ao público paulista os principais elementos que compõem os pratos utilizados pela alta gastronomia paraense”.

Gastronomia 

Paralelamente o isso, acontece um festival gastronômico no Restaurante Capim Santo, onde a Setur vai concentrar a parte de promoção do Pará para operadores de turismo de São Paulo.

No dia 31 de agosto acontece outro festival em que os convidados serão os principais operadores de turismo de São Paulo, cerca de 100, que num jantar conhecerão um pouco da culinária paraense. “Durante a tarde, antecedendo o jantar, eles terão um encontro comercial com os agentes de turismo receptivo de Belém”, conta o diretor.

Na segunda e maior etapa da 8ª Fita, de 21 a 24 de setembro, a Feira vai ocupar todo o espaço de exposição do Hangar, com estandes de todos os setores de turismo, como hotelaria, transporte e agentes de viagens.

Este ano a Fita terá uma área para o Passaporte Pará, um programa do Banpará com apoio da Setur e da Abav (Associação Brasileira dos Agentes de Viagem), que consiste em vender o Pará ao Pará, em que o banco vai financiar viagens para quem quiser sair do seu município e conhecer outras cidades paraenses.

Iguarias regionais

Também no Hangar haverá uma área gourmet com a apresentação de produtos dos seis polos turísticos do Estado. “Uma das minhas missões aqui é identificar qual a iguaria da região que possamos levar para a Fita. Também haverá um palco com apresentações culturais dos seis polos”, explica Álvaro do Espírito Santo.

Nos auditórios e nas salas multiuso, durante os três dias da 8ª Feira Internacional de Turismo da Amazônia, acontece a capacitação Oca do Conhecimento, com uma série de eventos, como convenção dos turismólogos, seminário para gestores municipais de turismo e uma oficina de embutidos defumados, para a qual virá um chefe de cozinha de Portugal para capacitar profissionais dessa área. “Estamos organizando as rotas gastronômicas e precisamos melhorar nossas iguarias, porém sem descaracterizar a tradição, mas, melhorando a qualidade”, salienta Álvaro.

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Centro de Convenções

Ouvido pelo Blog, o secretário de Estado de Turismo, Adenauer Góes disse que a Setur espera que em Belém, os municípios, por meio dos polos de turismo, possam estar presentes apresentando aquilo o que estão fazendo em relação ao turismo como atividade econômica. “Particularmente, aqui no polo Araguaia-Tocantins, cujo portão de entrada é Marabá, temos um equipamento que muito em breve estará entrando em funcionamento. E a nossa expectativa é de que isso incentive de forma muito especial o turismo sob a ótica das feiras, dos seminários e congressos”, disse ele, se referindo ao Centro de Convenções do Governo do Estado, cuja previsão de inauguração é para o final de setembro próximo.

Adenauer não se limitou, porém aos eventos. Disse esperar que, com o Centro de Convenções e o impulso ao turismo de eventos, a cidade possa ganhar também sob a ótica do lazer e de outros tipos de segmentos turísticos em função de que um equipamento desse porte “efetivamente pode ajudar e contribuir muito para o desenvolvimento do turismo como atividade econômica no município e na região”.

Aquisição de conhecimento

Para o empresário do ramo de hotelaria Dauro Antônio Remor, presidente do Sindihotel (Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Marabá), participar de uma feira internacional como a 8ª Fita é um ganho para toda a vida, pois se adquire conhecimento e se conhece pessoas que não se tem oportunidade de conhecer estando no interior do Estado. “Quando há um evento de grande porte, você tem acesso a pessoas com informações que são essenciais para manter o negócio e desenvolver”, opina ele.  Na opinião de Dauro, a forma como a Fita vem se apresentando, desde a primeira, versão vem evoluindo de acordo com as demandas que o mercado está precisando: “O empresário tem de ir, sempre se traz alguma coisa para inovar”.

Captação de recursos

Também ouvido pelo Blog, o secretário de Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Mineração de Marabá, Ricardo Pugliese, sob a responsabilidade de quem também está o setor de Turismo do município, disse acreditar que o turismo de negócios é muito importante porque é a fonte de captação de turista. “E aí você, aproveitando a estrutura hoteleira, de belezas naturais, de lazer e de alimentação, deflagra outras oportunidades para o empresário do turismo aqui na cidade”, opina ele.

Para ele, o Centro de Convenções será o grande impulsionador do turismo local. Por isso – afirma Ricardo – a secretaria está trabalhando com as universidades para incluir todas as empresas de atividade turística no Cadastur, um órgão do Ministério do Turismo pelo qual os municípios podem captar recursos. Mas, para isso, precisam mostrar que a cidade tem toda uma estrutura turística.

“Hoje não temos nada do nosso parque turístico colocado no Cadastur. Então, vamos usar o pessoal da universidade para fazer um grande censo turístico e levar essas informações para esse site. A partir do momento em que solicitarmos recursos, o ministério entra lá e vê a nossa estrutura de hotéis, transporte, restaurantes, locadoras e todo o nosso suporte e avalia que, com a estrutura que temos, o município merece aporte de recursos”, detalha Pugliese.

“Esse é o trabalho principal que começa toda uma estruturação para que no futuro o turismo em Marabá realmente comece a galgar um patamar mais relevante do que tem hoje, é uma estruturação técnica”, conclui.

Os próximos 

O evento, que ocorreu na Sala de Convenções do Itacaiúnas Hotel, teve a participação de prefeitos de vários municípios do sul e sudeste do Estado, operadores de turismo, presidentes se associações e outras autoridades. Os próximos seminários acontecem no Polo Xingu, em Altamira, no dia 6 de julho próximo, e em Tucuruí, nova mente no Polo Araguaia-Tocantins, no dia 11. Antes de Marabá, onde aconteceu o quarto seminário, a 8ª Fita foi apresentada no Polo Marajó, em Soure; no Polo Amazônia Atlântica, em Salinópolis; e no Polo Tapajós, em Santarém.