Acontece em Belém, entre os dias 16 e 18 de outubro, a segunda edição do Simpósio do Ouro na Feira de Mineração da Amazônia. Promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), o encontro reunirá empresas de mineração, especialistas e representantes dos governos federal e estadual para debaterem práticas sustentáveis na produção, refino e comercialização nacional do ouro.
Atualmente, o grande desafio do país é garantir padrões de sustentabilidade em toda a cadeia do metal – da sua produção, refino à comercialização. Hoje, esse processo sofre desconfiança internacional causada pelas atividades ilícitas, sobretudo na Amazônia, região alvo da extração ilegal do metal.
Diante desse cenário, Luís Maurício Azevedo, presidente da ABPM, enfatiza a necessidade de debater práticas de negócios responsáveis ao longo de toda a cadeia de fornecimento no país. O Simpósio do Ouro busca apresentar soluções efetivas para organizá-la, ao incentivar discussões sobre aspectos regulatórios, tecnológicos, ambientais e iniciativas de governança e social, além da troca de experiências e oportunidade de negócios.
A abertura será realizada na próxima segunda-feira (16), às 16h, na Estação das Docas, na capital paraense. O estado foi escolhido para sediar o evento por se tratar de um dos maiores produtores brasileiros de ouro, ao lado de Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Goiás. Estarão presentes, além de mineradoras nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, autoridades governamentais, como Paulo Bengtson, secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará; Mauro Sousa, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM) e o deputado federal Keninston Braga (MDB-PA), diretor de Relações Institucionais da Frente Parlamentar da Mineração.
Em seguida, um painel sobre o panorama dos investimentos em ouro dá início aos trabalhos. Moderado pelo presidente da ABPM, Luís Maurício Azevedo, o debate contará com a presença de Vitor Saback, secretário de Geologia e Mineração do Ministério de Minas e Energia (MME); e Anderson Baranov, presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral).
“Acho que o simpósio está sendo realizado numa hora muito interessante, onde está se discutindo novas políticas, a situação da ANM, e o setor tem que se posicionar. É um momento em que o Brasil está indo muito bem em termos econômicos; temos que aproveitar essa oportunidade para discutir posições que possam vir ajudar o Brasil a atrair mais investimentos,” avalia Azevedo. “A chegada de empresas de ouro, lítio, de terras raras vai trazer novos investidores, principalmente ao Pará, pelo potencial do estado em termos de mineração”.
O Simpósio do Ouro e a Feira da Mineração da Amazônia contam com o apoio de instituições governamentais, entidades do setor e empresas de mineração, entre eles, ANM, MME, Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará.
Durante os dois dias em que ocorre o simpósio, os principais temas debatidos serão segurança jurídica e competitividade; o mercado de Venture Capital no Brasil; relacionamento com stakeholders locais; certificação e rastreabilidade; novas tecnologias aplicadas à pesquisa mineral; projetos avançados de exploração mineral; desenvolvimento inclusivo e sustentável para a mineração na Amazônia e o papel dos estados no desenvolvimento da área.
Confira a íntegra da programação na página do Simpósio do Ouro.
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