O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) repudia a agressão sofrida pelo casal de jornalistas Cleane Xavier dos Santos e Antônio Barros Neto, que são repórteres da TV Altamira (TVA), naquele município, no último dia 17. Eles sofreram chutes, socos e pancadas na cabeça e tiveram a câmera filmadora danificada quando registravam o flagrante de ameaça à vida de um grupo de pessoas que estava pendurado na caçamba erguida de um caminhão.
Foi registrado Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na delegacia. Três agressores foram presos, mas acabaram liberados na manhã seguinte. Os jornalistas foram submetidos a exame de corpo delito no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Uma audiência judicial do caso foi marcada para o dia 13 de março. ´
Não bastasse os crimes de agressão cometidos pelos acusados, salta aos olhos o grave desrespeito ao exercício da profissão de jornalista, cujo papel fundamental na sociedade brasileira é a defesa da democracia e o combate à impunidade por meio da denúncia pública das violações dos direitos constitucionais.
O Sinjor-PA volta a reafirmar a defesa premente do Jornalismo e dos profissionais jornalistas. Ainda, especialmente, cobra providências das autoridades para a garantia de proteção aos jornalistas Cleane Xavier dos Santos e Antônio Barros Neto, que vêm sofrendo ameaças após as agressões sofridas. Suspeitos já tentaram invadir a residência do casal, que tem recebido avisos de que o imóvel será incendiado enquanto estiverem dormindo.
2 comentários em “Sindicato dos Jornalistas do Pará emite nota de repúdio”
Se fossem as vitimas filhos de ricos os agressores estariam presos até hoje, mas infelizmente nós jornalistas recebemos além das agressoes a impunidade como prêmio. Pobre país, a titulo de informação o assassino de Tim Lopes (jornalista da Globo) está livre e solto pelo Brasil.
O direito à informação é essencial para a defesa dos demais direitos fundamentais, e que, juntamente com o princípio de liberdade de expressão, o direito à informação funciona como um sustentáculo do regime democrático.
“o profissional de imprensa no exercício de sua função deve possuir facilidade de acesso aos locais que potencialmente gerem necessidade de informação à sociedade”. Por tanto merece o respeito dos homens e mulheres de bem, e aos que tentem contra essa primazia do livre acesso de profissionais da imprensa em locais públicos e privados de natureza pública, no desempenho de atividades que impliquem o direito público à informação, e ainda aos que atentarem contra integridade dos profissionais que sejam aplicados os rigores da lei. Aos nossos colegas nossa solidariedade.
AICOP – Associação de imprensa e comunicação de Parauapebas.