Ocorre nesta sexta-feira (11), às 14h, no auditório João Baptista da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), em Belém, a Audiência Pública Sobre o Reordenamento do Ensino no Pará. O evento é promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp).

De acordo com nota publicada no site do sindicato, o processo de reordenamento acontece gradativamente todos os anos quando no início do ano letivo a lotação dos professores é alterada a partir da matrícula dos alunos, o que gera vários problemas. Devido a essa medida, professores são obrigados a correr atrás de matrículas e dividir suas cargas horárias a fim de perderem menos horas de trabalho e salário.

Trecho da nota destaca ainda que “em 2016 a situação poderá piorar com o corte de aulas suplementares dos professores em 2015”. Afirma também que o governador está reordenando a lotação para 2016 de forma desastrosa, “fechando turmas de ensino fundamental em algumas escolas para manter apenas turmas de ensino médio e em outras fechando turmas de ensino médio para manter apenas o ensino fundamental”.

Parauapebas

De acordo com o representante do Sintepp de Parauapebas, o professor Rosemiro Fiel, algo semelhante está acontecendo em Parauapebas, com a extinção do turno intermediário. “Não somos contra o fim desse turno, até porque reconhecemos que além de caro, tem pouco rendimento. O problema é que pra que isso ocorra é necessário que haja planejamento, pois estamos falando de educação e não podemos simplesmente aceitar que as salas, que já não têm condições de funcionamento em grande parte, sejam superlotadas. Isso compromete o processo de ensino e aprendizagem, assim como reduz o número de turmas e, consequentemente, a jornada de trabalho dos servidores”, explica o professor.

Rosemiro reforça que essas decisões deveriam ser discutidas com a categoria e com a sociedade. “Temos exemplos de escolas em excelentes condições de funcionamento, onde turmas foram fechadas e alunos transferidos para outro prédio sem as mesmas condições e sem nenhuma discussão com os pais de alunos”, garante.