Classificadores do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) estão coletando amostras de feijão adquiridas e estocadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para realização de análises laboratoriais.
Em outubro, o trabalho foi realizado no Tocantins e, a partir desta segunda-feira, 5 de novembro, a equipe visitará as cidades paraenses de Ananindeua, Marabá e Santarém. Após a fase de coleta, um total de 1.066 toneladas do produto terá classificação.
A importância do trabalho, segundo o chefe do Sipov Osmário Zan, está na própria função do setor. “A nossa missão é garantir a segurança alimentar e impedir que alimentos impróprios para o consumo sejam destinados à população”, informa.
O Brasil é o maior produtor mundial de feijão com produção média anual de 3,5 milhões de toneladas. Típico produto da alimentação brasileira, é cultivado por pequenos e grandes produtores em todas as regiões. Os maiores são Paraná e Minas Gerais. O Pará é o maior produtor do produto na região Norte.
O Pará é, também, o maior produtor de feijão-caupi (foto) da região Norte, mas a imensa maioria (cerca de 90%) dos grãos plantados no Estado é consumida fora dele, especialmente no Nordeste brasileiro. E isso não acontece por acaso: o feijão-caupi é a espécie de leguminosa comestível que se torna inseparável do arroz no prato típico nordestino baião-de-dois, também consumido em outras regiões do País mas em menor escala que no Nordeste.