A Prefeitura de Tailândia, no nordeste do Pará, foi alvo da Operação “Bangkok”, deflagrada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), através do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI) e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), para investigar suposta fraude em licitações e cartas convites realizadas pelo governo municipal. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sete alvos, sendo cinco em Tailândia e dois em Marabá.
Na operação, realizada nesta quinta-feira (7), foram apreendidos documentos, HDs, dinheiro em espécie e armas de fogo. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). Os alvos da operação em Tailândia foram a própria sede da prefeitura municipal, duas empresas (lojas) e duas pessoas físicas, sendo uma delas o próprio prefeito, Paulo Liberte Jasper, o “Macarrão”, e uma secretária municipal, em cuja residência a equipe de promotores de Justiça e policiais do Gaeco encontraram três armas de fogo ilegais, sendo uma arma calibre 12, uma pistola.40 e uma 380.
Segundo o MPPA, a promotora de justiça que atuou neste alvo deu voz de prisão para o marido da secretária e acionou o delegado de polícia de Tailândia, que o conduziu para os procedimentos de praxe. Não houve resistência à prisão.
Ainda segundo o MPPA, em outro alvo da operação, localizado em Tailândia, houve apreensão de dinheiro, no valor de R$ 51 mil em espécie. Os alvos de Marabá foram as casas de duas mulheres ligadas ao prefeito de Tailândia.
Ao todo, agiram no cumprimento dos mandados onze equipes, cada uma chefiada por um promotor de Justiça com o apoio de policiais militares vinculados ao Gabinete Militar do Ministério Público do Estado.
De acordo com o Ministério Público, além das armas de fogo e do dinheiro, houve apreensão de documentos referentes ao envolvimento das duas empresas alvo da investigação com processos licitatórios supostamente ilícitos realizados pela prefeitura de Tailândia, além de telefones celulares e HD’s, os quais seguiram para análise quanto ao conteúdo probante dos objetos da investigação.
Tina DeBord – com informações do MPPA