A Polícia Militar apresentou, na manhã desta quarta-feira (19), na Delegacia de Polícia Civil de Tailândia, no nordeste do Pará, três pessoas acusadas de envolvimento na morte da jovem Erica da Silva, de 19 anos de idade, que foi executada com um tiro na nuca, no último domingo (16). Dois deles são apontados como participantes da execução e o outro estava com a vítima, quando ela foi levada para a ser morta.
Na chegada à Delegacia, todos negaram de início envolvimento na morte da jovem, que foi morta pelo chamado tribunal do crime, acusada pelos criminosos de ter atraído Adinaldo Marques Pires, de 20 anos, o “Jack”, até um matagal, onde ele foi executado a tiro, no início deste mês, no município de Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará.
Antes de ser morta, Érica foi obrigada a gravar um vídeo pelos seus executores, onde ela afirma que não atraiu “o finado Jack”. Mesmo assim, ela foi executada.
O corpo dela, que já tinha passagens pela polícia, foi encontrado na manhã desta segunda-feira (17), por um pescador, às margens de um rio, no Loteamento Jardim Liberdade, em Tailândia.
Segundo a Polícia Militar, os três acusados foram encontrados na Avenida do Aeroporto, em Tailândia. A operação foi comandada pelo major Corrêa, que fez a apresentação dos acusados na Delegacia.
De acordo com o major, desde o dia do crime que a corporação vem realizando diligências e buscando informações para identificar os acusados. “Chegaram várias e várias informações até nós. Nós fomos juntando as peças e, hoje [quarta-feira] pela manhã, chegou à confirmação que o disparo que matou a vítima foi feito pelo nacional conhecido como Tiago, por ordem ainda não sabemos de quem. Nós continuamos fazendo diligências e dando resposta ao crime. Aqui em Tailândia não tem comando paralelo. Aqui o que impera é a lei e a ordem do estado constituído”, avisou o major.
Ele acrescentou que um dos jovens detidos, conhecido pela alcunha de “Coruja”, estava com a vítima e também foi levado ao mesmo local onde ela foi morta, mas só recebeu uma ‘disciplina’ dos criminosos e foi liberado. Ele, no entanto, informou quem eram os assassinos.
“Coruja” já estava com mandado de prisão contra ele pelo crime. O outro acusado de participação no crime foi identificado pelo prenome de Gustavo. “Nós não vamos descansar até pegar todos os envolvidos nesse crime bárbaro”, disse o major Corrêa.
Segundo informações da que estão sendo apuradas pela Polícia Civil, Érica era integrante de uma facção rival a de “Jack” e o teria atraído até um área erma, em Ourilândia do Norte, onde ele foi morto também com um tiro na nuca. A Polícia Civil segue realizando diligências, para identificar todos os envolvidos na execução da vítima, que é mais uma jovem morta pelo tribunal do crime no Pará.
Tina DeBord